quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

APESAR DE TUDO: “CONFIANÇA NA AMÉRICA”, DISSE

um símbolo


“Não ao nuclear, dizemos, enquanto possuímos o maior arsenal mundial. Respeitem a lei, exigimos, enquanto menosprezamos as Convenções de Genebra. Ou estão connosco ou estão contra nós, declaramos, enquanto ignoramos o impacto das nossas acções na Turquia e no Médio Oriente. Tirem as mãos do Iraque, avisamos, enquanto as nossas tropas ocupam Bagdad. Cuidado com o poderio militar chinês, clamamos, enquanto gastamos em defesa quase tanto como o resto do mundo inteiro. Honrem o futuro, pregamos, enquanto desertamos em relação às mudanças climáticas” (Madeleine K. Albright, em artigo de opinião, hoje no Público, sob o título “Confiança na América”)

Quem esperava que a confissão da ex-Secretária de Estado do Presidente Bill Clinton fosse tão longe?
Ah! Mas os americanos são assim: gostam de exibir uma grande liberdade de expressão.
De qualquer forma o que, a muitos, nos parece ver em cada americano... é uma criança crescida: instável, perplexa, delirante, imatura, hilariante nas suas contradições e nos seus caprichos.


TR 11SET2001: abria-se uma brecha na "superfortaleza"
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Um dia aconteceu que a “fortaleza inexpugnável”, o campeão da segurança, de repente se viu à mercê de qualquer ataque. Mais: ataque que talvez não tenha, tanto assim, de surpreendente e de inesperado!

Albright, depois de falar na cultura do medo, (irreversivelmente) instalada, com a maior inocência deixa entender que “o presente mais precioso que o próximo Presidente pode oferecer aos Estados Unidos é o fim da política do medo”!...
Madeleine Albright dá a impressão de ter perdido a compostura, de não saber de que fala. Parece ter esquecido que os EU sempre se guiaram por padrões que em nada se prendem com a paz e com o fim da política do medo. Outros interesses, sobejamente conhecidos, se sobrepõem a tal desiderato: não é para nenhum cidadão do mundo uma afirmação merecedora de crédito, não é uma atitude séria, aquela que, por vezes, os EU têm o despudor de proclamar: a paz. Não é sério que se fale em paz promovendo a guerra, já que o motor dos norte-americanos é o petróleo e o armamento e uma soma de interesses geoestratégicos que se prendem com a sua tradicional, e incurável (?), ânsia de domínio do planeta (dentro e fora dele), esta a verdade indesmentível.
(Sei, lembro-me, que o JR me recordou – E BEM! - que desde, pelo menos, a concepção de política de Maquiavel que, ninguém de senso, neste mundo, espera que um político seja sério... Mas estou com enorme dificuldade em adquirir esse senso! Creio ser inevitável morrer, um dia, sem ter conquistado esse pingo de inteligência!)

O que a ex-Secretária de Estado se terá esquecido de referir é que foram os EU quem deu formação, quem armou e quem preparou, para a guerra ou para a guerrilha, todos ou a generalidade dos seus inimigos.
O que a ex-Secretária de Estado terá omitido é que os EU deram importante e decisivo contributo para o clima de medo que o Mundo vive hoje.
O que à memória da sra Albright não ocorreu - ou as suas palavras não ousaram acompanhar o seu pensamento -, foi que os EU estão directa ou indirectamente ligados à política de terror, que uma linguagem
soft não permite classificar de terrorista.

Palavra do tio Sam – tirando a que respeita à guerra e à retaliação ao aumento do seu poderio – não é para levar a sério.

“Não podemos ignorar”!

1 comentário:

aminhapele disse...

Talvez não seja exagerado afirmar que os EUA têm o seu "negócio" em alta por serem os principais financiadores do terrorismo internacional...
Por vezes,têm pequenos acidentes de percurso com quem lhes queira "retirar" o controle de meia dúzia de barris de petróleo.
Vão continuar a financiar,onde quer que seja,quem os vá livrando desses "acidentes".
Para eles,DEMOCRACIA E LIBERDAE é igual a PETRÓLEO.

 

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