quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

SERVIRÁ A PAUSA PARA REPENSAR?


Sócrates referiu hoje que não abria mão das suas reformas na área da saúde.
Toda a gente reconhece que havia alterações a levar por diante. Como toda a gente sabe que, de uma forma geral, a gestão hospitalar é um caos no nosso país.
Mas os desperdícios que aí se verificam e os gastos excessivos que aí se fazem nunca são em favor dos utentes dos serviços. Esses (utentes) e estes (serviços) sobrevivem em condições de grande carência, a maioria deles (uns e outros).

(Mas, claro que há alguém que ganha... Há sempre quem ganhe à nossa custa.)

Por razões que não me regozijam nada, de há mais de um ano para cá que tenho sido frequentador assíduo de hospitais.
Da minha natural propensão para estar atento resulta ter constatado aquela realidade, tanto quanto ela pode ser detectada por um espírito observador, conquanto naturalmente mais desperto para aspectos mais superficiais, já que leigo na matéria. Mas o que é detectável mais à superfície dá para entender que, em profundidade, a gravidade da situação é muito maior.

Acerca dos exageros que tanto caracterizaram a actuação do ministro cessante – donde, naturalmente, os ruidosos protestos das populações mais atingidas por eles – veja-se a curiosa e esclarecedora declaração do primeiro-ministro de que
não haverá mais encerramentos de urgências sem alternativas.

Compreende-se, pois, bem, que aqueles exageros, os respectivos protestos e algumas aberrantes situações a que iam dando azo, tudo acrescido à falta de comunicação esclarecedora do ministro acerca das medidas que ia implementando, tenham contribuído para lhe desgastar a imagem pública.




Por outro lado...
Será possível que o primeiro-ministro esteja mesmo bem consigo, e com a sua política de educação, traduzida num grave facilitismo relativamente aos alunos e numa injusta e grave afronta aos professores? Humilhação que um muito importante número de docentes não merece de forma nenhuma?
Quando deixará o Ministério da Educação de ser um laboratório de experiências pessoais? Quando é que ele será dirigido por políticos que prescindem da vaidade de ter o nome ligado a uma reforma, em benefício de uma ponderada avaliação global coordenada, eficaz e adaptável, no terreno, à nossa realidade, nessa área?


O povo está cansado de esperar, de desesperar e de pagar! E aguarda, a cada momento, que deixem de mudar, apenas, as moscas.


2 comentários:

Unknown disse...

Gostaria de acreditar que o Governo quer reflectir sobre o que foi feito(mal)e fazer a devida correcção. Duvido. Suponho que há mais estratégia,constatando o enorme clamor anti-governamental e as eleições que se aproximam, do que desejo de repensar.Veremos. C.P.

aminhapele disse...

O nosso primeiro é um maratonista.
Ele não pára para pensar.
Limita-se a abrandar e,na beira da estrada,pegar uma garrafa de água e continuar a correr.
Muitos têm caído com a meta à vista.

 

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