sábado, 19 de janeiro de 2008

DA QUESTÃO DE “BOM NOME E HONRA PESSOAL” E DO NOVO “TRATADO DE TORDESILHAS”

No Público de hoje, Paulo Teixeira Pinto vem exercer o seu direito de resposta. Em síntese, contradiz:
“... sou a esclarecer, em defesa do meu nome e honra pessoal, que: (i) Não recebi qualquer "indemnização de 10 milhões de euros", nem "à cabeça", nem a qualquer outro título, pela renúncia ao cargo de presidente do Conselho de Administração Executivo do Banco Comercial Português;(ii) Também não recebi qualquer indemnização pela rescisão do contrato de trabalho enquanto quadro do banco, com a categoria de director-geral;(iii) Foi-me paga a remuneração total referente ao exercício de 2007;(iv) Passei à situação de reforma em função de relatório de junta médica.Paulo Teixeira Pinto”
Seguindo-se a seguinte“ND: Como "indemnização", o PÚBLICO pretendeu referir-se ao acerto de contas imediato efectuado aquando da saída do banco.Os números que deverão constar do Relatório e Contas do BCP são os seguintes: Compensações - 1,9625 milhões de euros; Remunerações Variáveis - 7,770 milhões de euros; Pensão Vitalícia - 37,5 mil euros mensais durante catorze meses por ano.Nas contas de 2007, apenas serão contabilizados os encargos com pensões durante os primeiros 14 anos.”

Por mor das dúvidas fui confirmar, aos códices, o sentido e o significado de “bom nome e honra pessoal”... Não me pareceu encontrar, , diferenças.

Seria a registada, e talvez só aparente, diferença de umas centenas de euros, no que respeita à indemnização, que “ofendeu o nome e honra pessoal” de PTP?

Talvez não tenham sido, apenas, esses trocados que mexeram com o “excepcional” gestor...

Talvez possamos levar mais longe a mensagem do “magoado” administrador!

Talvez confirme bem mais do que alguns pretenderão que não se trata, de todo, da propalada e imaginada inveja do portuguesinho de lei!

Talvez venha mais em abono da mais que exaustivamente referida injustiça que reina, nesta matéria, entre nós...






2. Levanto-me para aplaudir o editorial de hoje de Manuel Carvalho (Público).

O “tratado de Tordesilhas” em matéria de domínio autárquico é um reflexo do país que temos neste momento: ESTE PS que lidera este governo e a situação actual, manifestou uma gula e um apetite devorador que nem ao de leve assomou ao espírito de qualquer dos monarcas, português e castelhano, nos finais do séc XV.
ESTE PS pretendia que 360 º a Este ou a Oeste de um dos (dois) principais partidos concorrentes, tudo ficasse sob o domínio do partido vencedor.
Seja dito em abono da verdade que menos insaciável (e mais equilibrado) se mostrou o PPD!!!

O que aos novos “
tordesilhistas” interessava “de facto – recorda o editorialista, – era afastar convivas indesejáveis da partilha”. E conclui, MC: “a nova lei, que nasce mais de um apetite do que de uma urgência, consegue-o”.

Directamente ou por atalhos, o que se pretende é institucionalizar “o caudilhismo dos presidentes, fonte de nepotismo e de corrupção”, assim como a “mentalidade plenipotenciária de muitos autarcas” que não escondem não tolerar a vivência democrática nos seus “principados” e que pretendem perpetuar as perversões desse sistema, a “claustrofobia da vida partidária”, o domínio dos meios de comunicação locais, dos empregos e da economia, a “ausência de condições para o exercício da oposição eficaz e sistemática”.

Ou seja, e por semelhantes palavras, Manuel Carvalho observa, por último, que onde o bom senso e a experiência aconselham “a combater os perigos que minam o poder local”, ao invés, “a nova lei exacerba-os”...

Até quando?


1 comentário:

aminhapele disse...

Sobre o novo tratado de tordesilhas,valerá a pena ler a postagem de RN no GRANDE ZOO.
Alguns ainda não perderam a "espinha".

 

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