quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A ÚNICA CERTEZA É DE QUE SAI BUSH


“Haverá, nas eleições presidenciais americanas deste ano, outro motivo de interesse para além de saber se os EUA vão ter, como presidente, a primeira mulher, o primeiro afro-americano ou o primeiro mórmon? A verdade é que para demasiada gente não importa quem vai entrar na Casa Branca. O que importa é quem vai sair: Bush” – lembra hoje Rui Ramos que, no entanto, sublinha: “Os americanos exigem "mudança" - a mudança necessária para que nada mude”.

Os mandatos de Bush fizeram-me lembrar uma frase do escritor norte-americano autor do
Exodus

"Muitas vezes não temos tempo para dedicar aos amigos,
mas para os inimigos temos todo o tempo do mundo".
Leon Uris


Para se ser presidente dos EU não se torna necessário ter um currículo especial, uma certa cultura, uma “folha” rica de feitos e conquistas que enobrecem o candidato.
Da mais pura mediania têm saído presidentes da maior potência do mundo.
Geralmente concorrem os espíritos audazes e “vencedores”.
Acontecendo que outra é a audácia de um eterno perdedor como sempre foi o presidente que está de saída.
Apesar de sempre ter sido uma negação em aproveitamento escolar, e de ver recusada, portanto, a sua admissão na Universidade do Texas, acaba por entrar nesta instituição em atenção ao pai e ao avô que lá se formaram.
Apesar da sua mediocridade, conseguiu uma licenciatura. Mas, espírito irrequieto, e dependente de vício preocupante, e volúvel, torna-se piloto da Guarda Aérea do Texas.
Em 1978, seguindo as pisadas do pai, Bush dedicou-se à prospecção de petróleo e criou uma empresa petrolífera: outro desaire, até porque levaria uma empresa “amiga”, que salvara a sua da derrocada final, também ela a uma difícil situação.

Assim, de insucesso em insucesso, desiste de lides mais exigentes para se dedicar ao negócio desportivo.
(Pelos vistos, não é só neste canto “à beira mar plantado” que o desporto e a política vivem em promíscuas relações).
Para o agora presidente Bush poder concretizar o seu sonho – a presidência da Federação de Basebol, o desporto rei nas terras do tio Sam – foi-lhe sugerido que se tornasse, primeiro, governador do Texas.
Certo que já antes, em 1978, sofrera um desaire na candidatura a um cargo político, mas homem decidido que é (sobretudo para o erro e para o fracasso) avançou mesmo com a candidatura, e desta vez tornou-se governador do Texas, em 1994, cargo para o qual foi reeleito em Novembro de 1998 (um feito inédito e misterioso, para quem só conhecia o sabor da derrota e do insucesso).

Claro que quando da mais vulgar mediania pode sair um presidente dos EU, é porque outros valores mais altos se levantam.

O grande capital não tem distracções. E sabe escolher os seus peões.

É conhecida a reviravolta que teve a sua vida, quando completava os 40 anos de idade: o abandono do álcool foi decisivo. E severamente imposto.

Da sua vergonhosa vitória nas presidenciais de 2000, todo o mundo ficou conhecedor. Foi por decisão judicial que Bush ganhou ao seu opositor, Al Gore, na Florida, governada pelo seu irmão.

«Assumindo o papel de “líder do mundo ocidental” e recorrendo a um discurso simples mas extremamente eficaz - os que estão connosco são “os bons”, todos os outros são “os maus” - ele reuniu uma formidável coligação internacional e, em escassos meses, escorraçou os Taliban do Afeganistão e eliminou o principal “santuário” da al-Qaeda. Agora chegou a vez do Iraque» - noticiava o CM de 27.12.2002

Em Janeiro de 2005, Bush tomava posse como 44º presidente dos States e anunciava a sua política. "A América neste novo século", disse ele, "proclama a liberdade para todo o mundo". E disse mais: que a América não vai ignorar a "tirania", seja ela qual for, nem principalmente desculpar os tiranos.

Era demasiado evidente ter-se esquecido dele próprio.

Para não alongar excessivamente o rosário de tropelias, baixezas e outras acções graves do mandato do «chefe cruzado Bush» (segundo Bin Laden), basta recordar que “O governo Bush tem sido marcado por polémicas e por uma acção que (se praticada pelo inimigo) ele chamaria terrorismo”.


Recordemos, para sublinhar o brilho da inteligência e a sensatez, e o pudor do dono e Intendente do mundo, duas pequenas passagens de outras tantas declarações suas:

"A ideia de que os Estados Unidos se estão preparando para atacar o Irão é simplesmente ridícula."
(Em entrevista na União Europeia)

"Os nossos inimigos são inovadores e engenhosos, e nós também. Eles nunca param de pensar em novas maneiras de prejudicar nossa nação e nosso povo, e nós também não."
(Discurso de 05AGO2004)

Acho que estamos todos – o mundo todo – esclarecidos.

Atentos, reverentes e obrigados!

Claro!


Costuma lembrar-se que Bush se julga um importante interlocutor de Deus... Pois recorde-se que os unificacionistas, da Igreja da Unificação (Coreia do Sul), chefiada por Sun Myung Moon vêem nele (G. Bush) alguém superior a “Cristo, a Deus e à Bíblia”...


Às vezes não parece... Mas estamos no séc XXI!

1 comentário:

aminhapele disse...

O pingue pongue deixa saudades...

 

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