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Estes acontecimentos são dos tais que se precipitam, quando ainda os cidadãos mal se deram conta de que algo iria acontecer.
Isabel Pires de Lima e Correia de Campos foram demitidos da Cultura e da Saúde, respectivamente.
Na verdade os ministérios mais sob fogo têm sido o da Saúde e o da Educação.
Quanto ao da Saúde, parece ter chegado a altura de o primeiro-ministro compreender a séria contestação que a equipa de Correia de Campos tem provocado. Assim como de compreender o desgaste que os protestos, as manifestações e a contestação lhe provocaram.
O repúdio que se tem feito sentir da política da Educação, em muitos dos seus sectores, ainda não terão sido de molde a mover Sócrates do apoio à respectiva equipa.
Resta saber até quando. Se é que algum dia esse apoio e compreensão vão ser retirados à equipa de Maria de Lourdes Rodrigues.
Outro membro do governo que surpreende pela continuação no seu posto, é o ministro “Jamais” – tantas foram as suas calinadas e reveses.
A actividade da ex-ministra da cultura não foi, naturalmente, avaliada pelo vulgo.
No meio tinha mais antipatias que boas recepções. Mas esteve quase sempre debaixo de fogo e era geralmente considerada uma peça a abater, no governo, para esta área.
A nova ministra da Saúde, Ana Maria Teodoro Jorge, tem um apreciável currículo na área da Saúde, quer profissional, quer como coordenadora e gestora. Era actualmente directora do serviço de pediatria no Hospital Garcia de Horta, em Almada, e Já foi presidente da ARS (Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
O Advogado José António Pinto Ribeiro é sobejamente conhecido como um homem culto, conhecedor e frequentador da área da cultura: foi programador-geral da FKG, fundador do Fórum Justiça e Liberdade, esteve ligado ao Instituto Camões e era agora administrador da Fundação Berardo.
Além da língua pátria fala alemão, francês, inglês, espanhol e italiano, o que também tem a ver com a sua estatura intelectual.
Quer um quer outro dos novos ministros, não estão vinculados ao PS, mas estão-lhe próximos. Ana Jorge mais próxima da tendência Alegre, Pinto Ribeiro mais soarista.
Todos continuamos convencidos é de que a este governo não chega mexer em duas das suas pedras...
Mas pode talvez entender-se a decisão de Sócrates como o começo do repensar a política do seu executivo. De reequacionar os problemas, de ponderar acerca dos colaboradores.
Se assim for... Do mal, o menos. E ele não deve estar esquecido que em 2009 temos legislativas.
1 comentário:
Então foi mais uma "operação Berardo"?!
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