quinta-feira, 12 de abril de 2007

O FLASH ESTEVE LÁ, DE RASPÃO




A Teresa convocou-me para assistir ao julgamento.

A sala de audiências estava à cunha. Vários milhões.
O colectivo, equilibrado: uma juíza e um juiz.
O réu, visivelmente nervoso. (Os olhos denunciavam-no: tremeluzipiscavam à brava).

Desatei a bocejar – só tinham decorrido escassos minutos.
Para não adormecer, retirei-me de mansinho. Desisti.

De julgamentos – já me curei
Julgamentos populares, não fazem o meu género. Perigosíssimos. Muito dependentes do boletim meteorológico...
Os mediáticos, audiovisuais, têm o seu quê de perverso: não estamos perante a força da razão. Antes perante a dos lobbies.

Mas ainda anotei:
Blablabla (inquirição razoavelmente feita).
Blablabla (depoimento razoavelmente
gaguejado)

E blablablabla...
“Campanhas
”, blabla “insinuações”, blabla “difamação”, blablabla…
Sete anos de pastor Jacob – perdão: sete anos de ensino superior; seis, público; um privado...

“Porquê a universidade independente”? (eles não pronunciaram com maiúsculas)
Porque sim

E blablablablaaaaaaaaaaaa!

“Ora adeus”, resmungou o enviado especial do Flash, enquanto se escapulia.
“Que me rala que seja engenheiro, doutor ou sapateiro, de formação académica!” – ainda foi dizendo enquanto se baldava.
“Estou-me borrifando para o assunto” – proclamou bem alto. (Mas ninguém deu por nada. Absortos. Suspensos. Esquecido do mundo que estava o público...)

NÃO DESESPEREM, OS QUE GOSTAM DE NOVELAS. ELA PROMETE CONTINUAR...

4 comentários:

bettips disse...

Diversão, pura e simples. Télezé, assim ninguém se lembra dos desempregados disponíveis...para amar! Que a mão te não doa, ó sr. doutor (ou mestre?)Abç

aminhapele disse...

Pareceu-me que o rapaz tem duas caras:uma semelhante à do miudo que é apanhado a meter a mão no pudim (atabalhoadamente,tenta limpar os dedos e a boca,mas nós até perdoamos o puto e soltamos uma gargalhada no fim);a outra é mais perigosa:é a de puto,chefe de gang,que não sabe "brincar" e despeja o seu desatino em quem o está a aturar.
Falta-me pachorra para "compreender"!
Que se amanhem!

Jorge P. Guedes disse...

Não assisti ao julgamento pois o caso já estava estudado por juízes e réu. Assim, não tem piada!
Mas ainda espreitei, nos descontos dados pelos juízes por assistência em campo. Foi quando as câmaras focaram em grande plano uns olhos grandes do réu, assustados mas ensaiadamente inocentes, como a tal criança que "foi" ao pote da marmelada.
Decoraram bem os papéis?

Um abraço.

Meg disse...

Olhem, já me falta a pacìência...
Eu vi, mas vi o que já se sabia que se ia ver...
Posso fazer uma pergunta, mano v.? Porque é que o homem foi julgado ontem , dia 11, às 21 e tal, e os comentários estão referidos como sendo no dia 11 a partir das 14.35? Hehehe

 

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