(imagem parcial da apresentação do site
do Centro de Documentação 25 de Abril
da Universidade de Coimbra)
Foi hoje, nesta QA 25ABR07.
O Zé Ribeiro não me deu autorização para divulgar a sua correspondência particular.
Está certo. E poderia parecer que tinha razão.
Puro engano, no entanto.
Primeiro, porque o que estou a divulgar é correio meu.
Depois, porque não é proibido nem errado divulgar património colectivo, como a carta do
Como se não me bastassem os textos do próprio Zé Ribeiro para me fazer estremecer interiormente!...
Vai daí, manda-me outros, como agora o A. Cardoso Pinto!
É um provocador inclemente, o Zé Ribeiro!
Mas eu perdoo-lhe.
Olhe, ZR!
“Venham mais cinco!”!
E não só neste “vinte e zinco”!
Esta é a resposta ao mail do Zé Ribeiro.
E, então, o mail era assim, sem tirar nem pôr:
Fwd: ... acariciemos um livro! Caixa de entrada
17:58 (1 hora atrás)
Caro
Reenvio este texto do
Zé Ribeiro
----- Original Message -----
From:
To:
Sent: Seg Abr 23 19:48
Subject: Fwd: ... acariciemos um livro!
LIVRO
O mundo da sabedoria do mundo.
Nas suas linhas abre-se a vida e, quantas vezes, nas entrelinhas o coração, as lágrimas ou o sorriso.
Companheiro do lazer e, também, da solidão.
Saímos de casa juntos, dedos e páginas entrelaçados, atravessando ruas, calcorreando passeios até ao banco do jardim ou à mesa do café. E, ali, ficamos: acariciando, sublinhando, anotando, virando páginas e páginas de sentidos sentires. Outros olhares, outras filosofias, outros cantos e paisagens. Outros caminhos deste mundo tão repleto de emoções que, muitas vezes, em nós, permanecem na releitura do nosso olhar interior, agitando águas, em nós, paradas.
Basta, tão só um pensamento, um simples pensamento reflectido numa frase ou, num poema. Bastam, por vezes, meia dúzia de linhas apenas, entre vírgulas, pontos, interrogações ou exclamações, para tocarem a nossa alma. E há livros que afectuosamente nos tocam, para sempre!
... seduzem-me os livros abertos
e os olhos ardendo de palavras e sinais ...
Um dia
incendiaram a biblioteca de Alexandria
e o mundo ficou mais pobre.
Um dia
alguém gritou: “morra a inteligência!”
Unamuno e a Espanha sofreram por isso.
Um dia
mandaram matar o escritor e queimar o seu livro
o mundo leu o livro e protegeu o escritor.
Todos os dias há livros
à distância dum gesto.
Felizmente!
BOM DIA!
2 comentários:
Seduzem-me os livros, abertos, fechados, já lidos, ainda para ler,TODOS OS LIVROS mas... detesto livros encadernados, em prateleiras montados, novinhos, limpinhos, brilhantes, coloridos, "ENFEITANTES"...
Parabéns pelo teu sentir, que é o meu também.
Um abraço, MV
Apesar de hoje muito "vinte e zinco", valeu a pena o "vinte e cinco".
VIVA ALIBERDADE!
UM ABRAÇO.
P.s. - Livros em roupinha de festa, não, obrigado. Também gosto deles a cheirar a papel, não a perfume!
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