Aqui há anos o então Presidente Jorge Sampaio lembrou que havia vida para além do défice… E bem, segundo as opiniões mais optimistas.
Parafraseando o ex-Presidente, e transpondo para os dias de hoje, não sei se haverá lugar para o mesmo optimismo e se haverá mais vida para além do orçamento ou se ele não irá sufocar-nos a todos…
A todos, claro que não.
Mas se assim for, e se ficarem só os ricos, como é que eles “se amanharão”?
(Esta fez-me lembrar uma história passada com Margaret Thatcher: havia, no seu consulado, um jornalista-entrevistador de grande fama, que era implacável com os seus entrevistados e que numa entrevista à dama de ferro lhe atirou, referindo-se à pobreza: dizem que a Senhora se preocupa, sobretudo, ou apenas, com os ricos e com os negócios… Ao que ela respondeu: se assim não fosse, que seria dos pobres?
Isto, embora encarado na perspectiva de um processo enviesado e paternalista, nem desse jeito (nem de nenhum outro) está na mente dos nossos “neuro-liberais”, para usar, de novo, a curiosa e acertada expressão do jornalista Sérgio Ferreira Borges.)
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