sábado, 16 de outubro de 2010

QUASE NOS ADORMECEM…

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Não há muito, Marques Mendes enumerou na TV, para além dos Governos Civis, a extravagante e absolutamente inútil existência de centenas de institutos públicos, de centenas de empresas estatais ou autárquicas, de centenas de fundações… E sei lá que mais!... Que mais não são, segundo qualquer entendido, que um sorvedouro de dinheiro dos contribuintes, ou a fonte de sinecuras para boys, amigos, “compadres”, e outros fieis comparsas. Os serviços de muitos deles são absolutamente dispensáveis, outros podiam com todo o proveito de uma boa gestão passar para a competência de outros já existentes cuja existência se destina aos mesmos ou muito próximos fins. Ora convertendo estes milhares de instituições (e aquelas que aqui falta enumerar) que estão nesta situação, noutros tantos e mais cargos de chorudos e escandalosos proventos… veja-se onde chegámos.

Mas quando o governo – o governo deste PS – fala em cortes em remunerações não é, muito certamente, esses que ele tem em vista…
(Bom, não sejamos injustos: sempre os penalizará nalguns cêntimos, nuns magros euros!...)

Até quando esta situação?

Quando surgirá alguém capaz de dizer BASTA!

É que não me parece, também, que seja alguém do PSD capaz de ser esse herói: Marques Mendes e outros responsáveis do mesmo partido, não se cansam agora de enumerar e propor medidas “eficazes” para equilibrar as contas do Estado e para sermos menos castigados pelo fisco… Mas quando estão no governo tudo isto se lhes varre da memória.
A generalidade dos políticos desses partidos (do centrão) não se atrevem, quando instalados no governo, a pôr em prática os conselhos e as propostas que apregoam na oposição.
Ou alguém tem dúvidas de que se Marques Mendes fosse, d’hoje para amanhã governo, ia executar uma política tal como aquela de que ele, indirectamente, acaba de fazer a apologia?
Se não temos empresários competentes – como tantos políticos não há muito afirmaram à boca cheia e com todas as letras - também temos um deficit muito, muitíssimo acentuado, de políticos sérios, capazes e de imprescindível verticalidade.

Este é o nosso problema.

Em suma: NÃO HÁ VONTADE POLÍTICA, por parte da generalidade e da vulgaridade dos nossos políticos para levar por diante uma política de seriedade e rigor e impiedosos com os traficantes de influências, com os incompetentes, com os abusadores, com os gananciosos… Com os tão característicos chicos-espertos.
Ao contrário, todos esses querem é empanturrar-se à mesa do orçamento.

Espero bem que chegue o mais depressa possível o dia em que demonstraremos a esses vendedores de banha de cobra que não somos os ingénuos nem os estúpidos que eles imaginam…

Mas quando?
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Tinha já publicado esta postagem quando ouvi notícia acerca da extinção de alguns dos tais organismos. Mas muito mais vai ficar por fazer nesta área.
Já agora, e acerca de uma das integrações de que se fala, não compreendo que a Direcção Geral de Reinserção Social (DGRS) vá deixar de ser um organismo autónomo e ser integrada na Direcção Geral dos Serviços Prisionais (DGSP)… A primeira creio ter um horizonte muito mais vasto e complicado do que o que apenas aos presos respeita!

Esta integração, parece obedecer a princípios obscuros, parece-me efectivamente muito mal escolhida: porquê esta (incompreensível) e não outras de tantas em que não se mexe?

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