terça-feira, 5 de outubro de 2010

O CÚMULO DA FRIEZA DO GOVERNO - II

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Se em si a triste idiossincrasia da generalidade dos portugueses é lastimável… que ela se mantenha na generalidade dos políticos e de pessoas dos estratos mais beneficiados da nossa população, é mais que isso: é condenável.

Mas não é, exactamente, disso que vamos hoje falar, mas antes, precisamente, do contrário.

Tiago Mesquita, hoje, no Expresso online, dá-nos o exemplo de um deputado com um raro (do melhor) sentido de espírito de serviço e de carácter realista (como tantos, segundo parece e vai constando), de um tal Ricardo, não o abafador de gravadores Ricardo Rodrigues, mas dum Ricardo Gonçalves, que nos deixou amargurados com a miséria que são, segundo o seu relato, os “ganhos” dum representante da Nação!

Tudo a propósito da crise e das medidas implementadas (os cortes, neste caso) e que penalizam (segundo a sua peroração) de forma desumana sobretudo os deputados.

E convenhamos que tem razão, a pobre criatura. Como pode fazer face às exigências normais da vida um cidadão que “tira” uns meros 3 700€/mês, a que acrescem 60€ diários de ajudas de custo, por ser um deputado provinciano, perdão, um deputado da província?

(Que pode importar, e a quem, que haja cidadãos, neste mesmo país, que sobrevivem com um valor igual a 4 dias das suas ajudas de custo?)

Na realidade é de sentir um aperto no coração e de uma pessoa quase se sentir responsabilizado por tal situação. Dando vontade de solicitar – melhor: exigir – que esta se inverta!

Como é que o governo consegue ser tão duro para estas almas?

Como conseguem estes e outros mártires da Pátria, com proventos de apenas uns milhares de euros fazer face a uma vida simples e de sacrifícios?
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A crise é um espelho demasiado realista do país!


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