segunda-feira, 30 de julho de 2007

"NOSSO GRANDE LÍDER"

imagem de Gregório Cunha/Lusa(foto da edição impressa do Público e da edição online, para assinantes)

Exactamente "nosso grande líder" - foi como ele disse.

A expressão não se refere a O QUERIDO LÍDER Kim Jong II. Nem a devoção é, propriamente, a de um desconhecido militante extremista.

A idolátrica alusão parte, por incrível que pareça, de um português que almeja estatuto de homem de Estado. E relativamente a quem? Presumivelmente, ainda que por extravagante hipótese, em relação a qualquer grande e carismático líder nacional do PPD ou, quiçá, do PSD.
Mas é que não.
Foi assim que Marques Mendes, no Chão da Lagoa (Madeira), se referiu… A Alberto João Jardim!!!

(Ai, os votos, que caros que estão!)

Mas, vendo bem, nem será caso para espantar tanto quanto tudo isso. É que se a veneração do líder nacional do PPD/PSD (parece que ficamos nisto, por enquanto) pelo dirigente regional do mesmo (???) partido é o que vê pela expressão utilizada, a deste por aquele não lhe fica a dever muito.
“Onde está esse sacana?” “É tão pequenino que ninguém o vê” – diz, com o maior enlevo, cheio de visível ternura e admiração, o anfitrião, acerca do seu convidado.
“Vem ali atrás…”, respondem a Jardim, com Mendes perdido entre os militantes” - prossegue o relato de Tolentino de Nóbrega.
“Olha o Ganda nóia”, diz a pequenada quando identifica o político que passa quase despercebido entre militantes apinhados para cumprimentar o “nosso líder” Jardim.”

Bom, isto não é uma democracia, é uma promíscua bandalheira, um convívio degradante, de “capelinha” em “capelinha”, em que o suposto líder indígena é assim descrito: “mais moderado no consumo, mesmo quase irreconhecível em relação a anteriores edições, Jardim confessa que não está nos seus dias. “Está muito calor. Nem dá para beber”, justifica. Isto depois de algumas linhas antes, o mesmo T. de Nóbrega ter anotado:
“Isto é mesmo fantástico. É muito melhor do que imaginava, comentava Mendes para os seus colaboradores a quem passava os copos, sem ingerir qualquer bebida.

(E a crise que está aí? E o preço a que estão os votos?!!!)

Tudo isto se passa, sublinho, na “festa da autonomia”, em que o bombo foi Sócrates (sempre provocatoriamente referido por sr Pinto de Sousa – o nome de um dos acusados no processo do Apito Dourado), recorda ainda o mesmo jornalista.

Enquadrando melhor, sigamos o relato de Tolentino de Nóbrega: “presente na maior festa” do partido, de que fora afastado em 2005 por criticar os desaforos de Jardim contra a presença de chineses na Madeira e contra os “bastardos e filhos da puta” na comunicação social, Marques Mendes seguiu as pegadas do líder regional na via-sacra pelas seis dezenas de tasquinhas, antes de partilhar com os principais dirigentes regionais o palco onde actuaram Tony Carreira e duas dezenas de artistas.”

Na verdade, fica-se perplexo

Ser-se baixo, não é preocupação de monta. Estar-se de cócoras perante alguém, isso sim, devia ser preocupante.

(E os votos, meu Deus! Quem lhes chega?! Que carestia de vida!...
E o que uma pessoa tem de aguentar, os sapitos que tem de engolir para os conquistar?!...)

É a degradação no seu máximo!

É a política no seu pior!


1 comentário:

aminhapele disse...

Mais uma lei da República que não é cumprida naquelas bandas:é proibido
"dar" copos aos miudos!
Bem dizia o Dr.JS que,neste país,as leis são meras referências!

 

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