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Póvoa de Varzim: Avenida dos Banhos em meados do século XX.
Era, nos anos 70 e 80, a praia dos meus filhos: a Póvoa de Varzim.
De Julho a Setembro, a maioria dos anos.
O Passeio Alegre era um vaivém contínuo de gentes, sobretudo do Norte, mormente das zonas de Famalicão, Felgueiras, Fafe e Guimarães. Ou de residentes do mesmo e próximos paralelos, mas mais para interior. Mas também de gente do Sul que tinha, nessas paragens, as suas raízes.
Nos fins de tarde cálidos e nas noites amenas, aquele fluir contínuo de veraneantes transformava-se num autêntico mar de gente.
Longe disso, nos tempos que correm. Muito longe, mesmo.
Não que, então, fosse maior o culto do lazer. Nem que, nesse tempo, houvesse mais pessoas de férias do que hoje. Sequer, ao menos, que nesses idos fosse maior o número de jovens, esse motor imprescindível da animação.
Não estará aí a razão principal.
Nada disso.
Só que, hoje – Julho de 2007 – a Póvoa pouco menos é que um deserto. Mesmo ao Sábado e Domingo, quando, às famílias que aí passam férias, se vêm juntar outros dos seus elementos, que as têm noutra ocasião, ou quando, outros mais, aproveitam os fins de semana para retemperar forças e gozar uns banhos de sol, aumentando, em número significativo o número de população flutuante da cidade. Mesmo nesses dias, o pico de afluência é muito mais reduzido, actualmente.
Estou em crer que nem a súbita banalização (há uns vinte e tal anos atrás) das férias gozadas no estrangeiro, ao mesmo tempo que (em boa hora) se democratizou o transporte aéreo e se socializaram os preços das respectivas passagens, nem esse fenómeno terá, na conjuntura que vivemos, um peso significativo.
A verdade é que o mês de Julho é, por tradição, um dos meses mais fortes de afluência de veraneantes, nas nossas praias, designadamente, na que foi berço de Eça de Queirós.
E, certo, igualmente, é que, este ano, na Póvoa, são inúmeras as casas de arrendamento sazonal que se encontram disponíveis. Além de que é geral, por ali, o desânimo e a situação aflitiva dos comerciantes: para além de um ou outro restaurante, de um ou outro café, que mantêm um movimento razoável (mas muito menor que em anos anteriores), a generalidade do comércio vegeta, vive uma angustiante agonia. E são em cada vez mais crescente número os estabelecimentos que vão fechando as suas portas… Por toda a cidade se vêem lojas fechadas.
E isto, em Julho!
Os comerciantes locais dizem que, além de ser muitíssimo menor o número de veraneantes, que eles não têm capacidade de consumo.
O que tudo confirma a crise, descrita pelos experts na matéria, de que os portugueses cada vez mais passam as férias na sua residência habitual, vivendo esses dias com a mesma parcimónia com que se habituaram a viver o resto do ano…
Tempos difíceis… Até nesta perspectiva!!!
(Curioso é que, a larga maioria dos carros que por aí se vêem circular são daqueles a que raríssimas bolsas têm acesso… E não são os tripulantes nem os ocupantes desses carros que vão encher os passeios, as lojas, os cafés e os restaurantes de que falo atrás…)
De Julho a Setembro, a maioria dos anos.
O Passeio Alegre era um vaivém contínuo de gentes, sobretudo do Norte, mormente das zonas de Famalicão, Felgueiras, Fafe e Guimarães. Ou de residentes do mesmo e próximos paralelos, mas mais para interior. Mas também de gente do Sul que tinha, nessas paragens, as suas raízes.
Nos fins de tarde cálidos e nas noites amenas, aquele fluir contínuo de veraneantes transformava-se num autêntico mar de gente.
Longe disso, nos tempos que correm. Muito longe, mesmo.
Não que, então, fosse maior o culto do lazer. Nem que, nesse tempo, houvesse mais pessoas de férias do que hoje. Sequer, ao menos, que nesses idos fosse maior o número de jovens, esse motor imprescindível da animação.
Não estará aí a razão principal.
Nada disso.
Só que, hoje – Julho de 2007 – a Póvoa pouco menos é que um deserto. Mesmo ao Sábado e Domingo, quando, às famílias que aí passam férias, se vêm juntar outros dos seus elementos, que as têm noutra ocasião, ou quando, outros mais, aproveitam os fins de semana para retemperar forças e gozar uns banhos de sol, aumentando, em número significativo o número de população flutuante da cidade. Mesmo nesses dias, o pico de afluência é muito mais reduzido, actualmente.
Estou em crer que nem a súbita banalização (há uns vinte e tal anos atrás) das férias gozadas no estrangeiro, ao mesmo tempo que (em boa hora) se democratizou o transporte aéreo e se socializaram os preços das respectivas passagens, nem esse fenómeno terá, na conjuntura que vivemos, um peso significativo.
A verdade é que o mês de Julho é, por tradição, um dos meses mais fortes de afluência de veraneantes, nas nossas praias, designadamente, na que foi berço de Eça de Queirós.
E, certo, igualmente, é que, este ano, na Póvoa, são inúmeras as casas de arrendamento sazonal que se encontram disponíveis. Além de que é geral, por ali, o desânimo e a situação aflitiva dos comerciantes: para além de um ou outro restaurante, de um ou outro café, que mantêm um movimento razoável (mas muito menor que em anos anteriores), a generalidade do comércio vegeta, vive uma angustiante agonia. E são em cada vez mais crescente número os estabelecimentos que vão fechando as suas portas… Por toda a cidade se vêem lojas fechadas.
E isto, em Julho!
Os comerciantes locais dizem que, além de ser muitíssimo menor o número de veraneantes, que eles não têm capacidade de consumo.
O que tudo confirma a crise, descrita pelos experts na matéria, de que os portugueses cada vez mais passam as férias na sua residência habitual, vivendo esses dias com a mesma parcimónia com que se habituaram a viver o resto do ano…
Tempos difíceis… Até nesta perspectiva!!!
(Curioso é que, a larga maioria dos carros que por aí se vêem circular são daqueles a que raríssimas bolsas têm acesso… E não são os tripulantes nem os ocupantes desses carros que vão encher os passeios, as lojas, os cafés e os restaurantes de que falo atrás…)
1 comentário:
Análise mais realista?
Mais objectiva?
Quase impossível.
Preocupante é o crrescimento exponencial de "sinais" que os nossos dirigentes não querem ver.
Dá a impressão que aprenderam a técnica dos Jogos sem Fronteiras e não querem passar daí!
Ao fim e ao cabo,o nosso Primeiro é concorrente de audiências com o Toni Camioneta,com o Quim Barreiros e,eventualmente,com o Júlio Isidro.
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