CML

Perfilam-se, à partida: António Costa, Fernando Negrão, Helena Roseta, Ruben Carvalho e Sá Fernandes.

Ah! Mas... Ele parece faltar um... (Já lá vamos)

Tirando o salvador da pátria (a tal incógnita) sobre que ainda nada se pode futurar, e ressalvando essa figura cinzenta, essa imagem nublada (talvez mais escura, porque Negrão), que vem de vários sítios, com trânsito por Setúbal, creio que qualquer dos restantes pode dar um bom presidente da edilidade. Até porque, indo mais além, os comunistas (tal como os vejo e os entendo) nunca me assustaram. Muitas e muitas vezes, bem pelo contrário. (Tenho netos e não receio que alguma desgraça lhes aconteça à hora do dejejum).

Mas é claro, e de toda a evidência, que há dois candidatos com mais sérias hipóteses de conquistar o lugar.

Durante tempo, amigos comuns tentaram “convencer-me” de muitas virtudes de António Costa. Confesso que nunca fui totalmente convencido... Mas, esbanjador que sou de benefícios de dúvida, fui observando o “movimento” do badalado político.
Contudo, as dúvidas foram-se acumulando. Com cada vez menos benefício.

Da bastonária da O. dos Arqs. dizia, ontem, Constança Cunha e Sá, quando sopesava, no outro prato da balança, o sucessor e herdeiro desse gigante que se chama SL: “Não simpatizo politicamente com Helena Roseta e ainda menos com Carmona Rodrigues”.

Ao que eu respondi de cá: pois, aí está, eu simpatizo politicamente com a arquitecta; e com o Carmona... (ora, ora) ainda simpatizo muito menos que a senhora.

(vou-me repetir, quase de certeza [coisas da idade]:
o que eu gostava de ser mosca e assistir a um serão deles, de CC e Sá e do rezingão...
Mata-se [atira um].
Essa! Qual quê: esfola-se, já. Vivo e tudo [responde o outro].
Deve ser bem divertido, um serão lá em casa)

Já acerca da tal cinzenta figura, foi Fernanda Câncio que me deixou informação, hoje, no DN: “... Fernando Negrão, o juiz desembargador que, depois de sair da direcção da Polícia Judiciária por suspeita de violação do segredo de Justiça (sob o Governo Guterres), se disponibilizou, numa entrevista radiofónica, para qualquer cargo de ministro no Governo de Durão, acabando por "receber" o Instituto da Droga e da Toxicodependência, só sendo alcandorado a ministro da Solidariedade (e da Família e da Criança) por Santana Lopes e ocupando agora um lugar de deputado sem brilho que acumula com a vereação em Setúbal, a cuja presidência foi candidato. Não se lhe conhece uma única ideia, reflexão, proposta ou opinião sobre Lisboa, quanto mais uma ideia, reflexão, proposta ou opinião interessantes sobre Lisboa.”

Bate certo com a minha ideia. Cinzento a atirar para o escarlate muito esbatido. Isso: “sem brilho”.

Depois, a mesma jornalista adianta: “quanto a Costa, bom, tinha a tutela das autarquias e não se pode dizer que é um homem sem brilho nem ideias. Mas assim, de repente, sobre Lisboa não se lhe lembra uma frase.”

Oh diabo!...

Mas, mais, escrevia FC no mesmo diário: “claro que o PS pode clamar que foi buscar o melhor que tem (...). Só que ir buscar um ministro, e este ministro, clarifica sobretudo o deserto das opções no partido da maioria absoluta.”

Oh diacho!... Oh diacho!...

Bom, lá terei de analisar melhor a sra arquitecta.
E ver quem vai dentro das duas carrugens. E apreciar o andar delas...

Mas tenho cá um palpite que o Costa...
Nah!

A nossa salvação... Melhor: a certeza da salvação da cidade vai ser o candidato arrancado pelo PP (que o mesmo é dizer por PP).
Mas esses, são assim: gostam de nos deixar super-ansiosos; gozam de nos ver roer as unhas, atarantados, apreensivos, com tanto “suspense”. Vão-nos atormentar com a expectativa que sempre tão bem souberam criar em nós.

Até já.