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O “PP” (honni soit qui mal y pense), seja, o Ponteiros Parados, do já vosso conhecido José Ricardo e de Ivone Mendes, trazia ontem uma curiosa estatística acerca da felicidade.
De acordo com os dados trazidos a lume pelo meu amigo JR, “os portugueses são o terceiro povo mais infeliz da Europa”, por razões facilmente identificáveis e aí explicadas.
Constatamos, assim, e em conclusão, naquele post, que “a felicidade média dos europeus é de 7,5, [enquanto que] a felicidade média dos portugueses é de 6,9”.
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Nem terá sido tanto nessa estatística que se fixou a minha preocupação, já que é consabido de todos os portugueses, bem ou mal pensantes, e desde os mais remotos idos da nossa história, que somos um povo triste e “desanimado” (já não me recordo de quem fez esta – mais uma – injusta avaliação – mas não vá pensar-se ter sido MLR ou WL...).
Não. Esta estatística que nos situa nos 6,9 pontos na escala da felicidade fez-me convolar, em primeiro lugar, para a simulação posta em marcha este fim-de-semana, pela Protecção Civil, de um hipotético sismo igualmente da magnitude dos 6,9, mas desta vez da escala Richter...
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Só?
Também não. Mais ainda, fez-me pensar na mais que nunca periclitante situação em que vivemos mergulhados neste país em termos, já não de felicidade (a tanto não aspiramos, para já), mas de sobrevivência, depois do tsunami, na escala máxima respectiva (equivalente aos 8 ou 9 pontos da referida graduação de Richter), que se abateu sobre o mundo financeiro e que provoca maior número de vítimas nos, já de si, pobres países de cujo número fazemos parte.
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Ou seja, deixe-me que lhe pergunte, José Ricardo: na análise em que se baseou, os 6,9 da escala da felicidade não seria já uma medida altamente aceitável e encorajante para todos nós?
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Quem nos dera, meu bom amigo, não acha?
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1 comentário:
Aliás, a felicidade dos portugueses é como os sismos dos últimos dias: a fingir. Como foram a fingir alguns dos Magalhães que o engenheiro ofereceu numa escola do norte. Bem, mas mais valem níveis baixos de felicidade do que sismos de elevada intensidade. Ao contrário do outro, entre a dor e o nada, prefiro o nada.
JR
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