quinta-feira, 13 de novembro de 2008

TREMENDO EQUÍVOCO?

Andamos, todos, mas é distraídos.
Senão, vejamos.
Os professores protestam e exteriorizam a sua justa indignação em gigantescas manifestações.


(Eh, pá! Isto não são umas “manifzecas”!
Isto é a sério! Os profs estão carregadinhos de razão! –
convêm os cidadãos, apreensivos)

Ninguém reparou ainda, ao cabo e ao resto, é que professores e tutela estão – tudo leva a crer – sintonizados, pois que se batem – à primeira vista - pelo mesmo objectivo: “é preciso reformar, transformar o sistema educativo”.

Assim sendo... (Bah!...)... Está tudo certo!
Então, porquê e para quê tamanha moscambilha (perdoe-se mais este plebeísmo)?
Ora isso só pode querer dizer que não há qualquer diferença entre as duas posições, concluirá alguém mais distraído.

Apressadamente, assim se pode concluir.
Porque, na verdade há uma diferença.
E grande que ela é.
Enorme.
.
Os professores, que o ministério se tem esforçado (e com palpáveis resultados) por desrespeitar e desautorizar, continuam a bater-se pela dignificação da escola e por uma melhor qualidade de ensino.

Com a sua persistente política de confrontação, desrespeito e desautorização dos professores o ministério incendiou o ambiente na escola pública, “pondo” os discentes a protagonizar cenas de igual, pelo menos, senão mesmo pior, confronto, desconsideração e desacreditação.

(Quando o exemplo vem de cima...)

É, pois, da exclusiva responsabilidade da tutela o ambiente grave que se gerou na escola pública. Ambiente onde será difícil restaurar a necessária disciplina.

Todos nós temos filhos, netos ou sobrinhos a constatar esta realidade.
No terreno. Confusos. Receosos. Incrédulos.

Ou seja, ambos – professores e tutela – só aparentemente falam a mesma linguagem quando referem que “é preciso reformar, transformar o sistema educativo”.

Sendo que os professores, pela sua formação, se batem pelo incentivo, a motivação, a aprendizagem, o progresso efectivo e o avanço intelectual dos jovens (até porque uma apreciável e substancial maioria deles são professores e, simultaneamente, pais de alunos seus ou de colegas seus).

Já o ministério é movido, apenas, por um móbil político, ao arrepio dos verdadeiros interesses do país que pretende um sério e efectivo progresso do ensino.

Seja: o país (o interesse nacional) quer que os professores trabalhem para os alunos. Para o seu crescimento intelectual. Para a sua elevação cultural.
A tutela pretende pô-los ao serviço de falsas e irrealistas estatísticas.

E isto dói a todos os portugueses, quer sejam professores ou pais ou mesmo responsáveis alunos.

Em suma, o ensino é encarado pela equipa ministerial como mero instrumento de propaganda política.

Mas com a dor dos políticos podemos nós todos muito bem.

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