quinta-feira, 20 de novembro de 2008

FERREIRA LEITE SUGERE “INTERLÚDIO”...

imagem Adriano Miranda/Público
zanzilhão, ferrabrás... ferr'o cão, zás-pás-trás
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Não contribuí - logo no começo do consulado o declarei - para colocar José Sócrates no pedestal do poder.
Como, muito menos, o irei lá reconduzir.
Pelos vistos, irei votar, de novo – porque votar, voto sempre; e nunca em branco -, num “condimento” e num “travão” que torne mais tragável e menos agressiva a maioria deste PS.

O actual maior partido da oposição nunca merecerá o meu voto, dado que nem o seu conservadorismo nem o seu liberalismo alguma vez serão capazes de me seduzir.
A questão da presente falta de credibilidade do PSD, a mim, pouco me afecta, pois que a minha atitude, a minha leitura ideológica da vida e da política e a minha prática, nesse domínio, sempre foram de esquerda.
Mas imagino que para outros portugueses esse problema possa ter alguma relevância, em termos de alternativa político-social, situando-se, tantos deles, por atávica idiossincrasia, num cómodo e politicamente correcto centro-direita.

Contudo, a verdade é que este PSD parece condenado a um irreparável desmembramento. Desde o “menino guerreiro” ao inefável defensor do “Norte contra os mouros do Sul”, passando por génios e barões que dominam outras coutadas do seu conturbado universo, o PSD – aliás o PPD/PSD – faz lembrar um mosaico de sensibilidades, uma arena onde se digladiam, permanentemente, representantes de pequenos potentados sem rei nem roque.

Com toda a sua difusa e perversa política, o PSD, na feliz comparação de Miguel Gaspar, está a abrir uma “ampla avenida” para este PS reconquistar uma nova maioria absoluta.
Tudo com o beneplácito e, pior ainda, a desajeitada e desastrosa contribuição da actual líder do partido social-democrata quando refere a impossibilidade de se prosseguirem reformas sob um regime democrático, declaração que reforça o cariz autoritário deste governo, e dos seus membros, que mais parece conduzir à preconizada – pela mesma líder – interrupção da vida democrática para “impor” – só disso se pode tratar – reformas quiçá pouco consentâneas com a mesma vivência e o mesmo regime democráticos!

Seja: esta oposição reforça, e de que jeito, os esgares de autoritário pendor deste governo que prossegue uma constante acção política “sobre brasas”.

O sr engenheiro (credenciado com este título não sei se por mérito próprio se por ínvios caminhos, como aos costumes rezam alguns) é, na verdade, uma figura altamente polémica e, insuspeitamente, criticada, por correligionários e adversários. E o seu governo é tão criticado por gregos como por troianos.

Até...
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1 comentário:

aminhapele disse...

Tal como diz,também não contribuí para a eleição do 1ºMinistro.
Mas,já me cansa votar no "condimento" ou no "travão".
Tal como já me tinha cansado de optar pelo mal menor...
Talvez que vote num programa ideológico,mas fico sempre com grandes reservas,dado que votamos em círculos distritais,em relação aos nomes que os partidos me oferecem.
Alguns,sistematicamente,provocam-me objecção de consciência.
As opções que adopto são uma espécie de voto de protesto.
Não vejo que se avizinhem alterações e,talvez por isso,ande a refilar com a esquerda.
Refiro-me à ESQUERDA que,a meu ver,tem sido só de protesto.
Como sabe,há muitos anos,que não vejo o PS na área da esquerda.
Está no campo em que sempre esteve:o liberal,com uns laivos populares,com outros tipo "social-democrata",mas em que domina o mundo dos negócios.
Mas começo a cansar-me de votar CDU ou BE.Parece-me que não merecem o meu esforço!

 

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