No pingue-pongue de hoje, no Público, depois de uma tirada argumentativa, do seu ponto de vista, a ligeiramente apressada Helena Matos remata, a dada altura da sua prosa, com uma bola muito puxada e cheia de efeito: «boa parte dos nossos impostos tem servido para garantir os chamados “direitos adquiridos”. Mas adquiridos por quem?»
Boa pergunta, minha senhora. Muito boa pergunta.
Só que a sra atropelou-se, nas suas vagas ideias, e atirou para cima das «gerações mais velhas». Todas.
Enganou-se, sra jornalista.
“Direitos adquiridos”?
Deixemos o códice jurídico (com a carga que lhe pôs) para outras situações. No meu, e em muitos mais casos, direitos construídos, arrancados a pulso, pagos e muito bem pagos...
(imaginará, por acaso, a sra, que os paguei,
os tais direitos,
em duplicado?
E a doer?
Pois é: não sabe ou sabe pouco.)
Não sou, nem os mais, como eu, “cristão-novo” nem faço parte da trupe dos
"financeiros e barões, viscondes, condes, marqueses, de fresca e mesmo velha data, comendadores, gran-cruzes, conselheiros: uma turba que grunhe, burburinha, fura, atropelando-se e acotovelando-se na obra de roer um magro osso chamado orçamento e que grita Aqui-del-rei!, quando não pode tomar parte no rega-bofe",
de quem falava A. Herculano, citado por Flausino Torres, expressão que hoje assentaria, como luva, à turma à qual a social-democracia, do nosso rectângulo, após a data dos cravos, não se contentou em repor a justiça, mas cumulou de excessos e escandalosos esbanjamentos...
Não confunda. Aprenda a distinguir. E a separar.
Mas amanhã, vai ver. Embora a bola venha puxada e cheia de efeito, verá que Rui Tavares lha vai devolver, mais, ainda, em jeito e (talvez) com maior força. E marcar pontos. E avançar, à frente, no marcador.
1 comentário:
JLF tem razão.
Rui Tavares respondeu e marcou pontos.
Não conheço a jornalista,mas avaliar pela fotografia do Público,terei pago os meus impostos a pensar na geração dos meus filhos(onde a senhora estará incluida).E não estou arrependido.
Mas se alguém tem "direitos adquiridos" é essa geração.
Eu só tive "direitos conquistados" e provisòriamente,dado que quase todos os meses os perco...
Para falar português do meu tempo,eu diria à senhora:
É POBRE E MAL AGRADECIDA!
Enviar um comentário