Com aquela serenidade que é a sua. Como um velho senador, assisado.
O jovem Rui Tavares não se atropela nem se exalta. Diz, apenas, o que é preciso, sem devaneios nem excessos, no momento adequado.
E, então, hoje começa: “Na minha última crónica especulei sobre a razão pela qual a agenda da descida de impostos granjeia tão pouco entusiasmo entre nós. A conclusão a que cheguei é que esta é uma causa minoritária.”
E desenvolve, e adianta porquê.
Mais além, constata:
“Tanto quanto vejo, Helena Matos não me responde com nenhum argumento decisivo em contrário.”
E explica por que razão. E bem.
E avança, mais adiante:
“Mesmo na sua estocada final, quando Helena Matos alega que "o jovem casal não deve dar mais dinheiro à nação mas sim interrogar-se sobre o que a nação anda a fazer com o seu dinheiro", eu concordaria em alargar ainda mais o raciocínio. Por si só, o jovem casal não deve dar mais nem menos dinheiro à nação. A prioridade é gastar esse dinheiro de forma mais transparente, mais eficiente e mais abrangente - numa palavra: mais democrática. “
E explana, de imediato, muito bem, o seu raciocínio. Com muita clareza e muita ponderação.
O que mais (?) me impressionou (e aos da minha geração), foi o que menos o apoquentou.
Preferiu, e bem, a meu ver, ir ao pomo da questão.
Rui Tavares não pretende impor a “sua” razão à força. Mas sabe que a tem (a razão) do seu lado. Assim, após exemplos e argumentos vários, atira: “A prova está feita. Para a maioria dos portugueses, o problema não está em que o Estado social exista. Está em pô-lo a funcionar.”
Num remate poderoso arranca novo ponto, derrotando a “adversária”.
3 comentários:
Que termos são esses JLF?!
O RT não parece um "velho senador"!
Acha-o parecido,por exemplo,com o Marocas?
O RT limita-se a ter bom senso!
(Mais uma excepção)
Cuido que disse bem.
Não percebo o reparo!
Creio que há aí qualquer coisita mal explicada!
Ou já não temos como "UNS velhos senadores"... Os mesmos modelos.
Ao tal, não deixo de reconhecer "algum" mérito... Nunca o que ele "se atribui".
Mas o demérito... Ainda o não esqueci.
(E olhe que não sou rancoroso!
Mas ainda tenho memória)
Os MESMOS MODELOS penso que temos e continuo a orgulhar-me deles.
Deixe que lhe diga,sem qualquer remoque,que não temos VELHOS SENADORES.
Estes foram uma invenção nova,a que nos habituámos a achar piada.Mas não passam disso.
Um abraço.
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