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"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos fama!
Ó fraudulento gosto que se atiça
Cüa aura popular que honra se chama!
Lusíadas
[canto IV]
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Lusíadas
[canto IV]
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Não falo de perfídias. Nem de abusivas e – pior ainda – infundadas intromissões num país soberano, por um seu congénere, de motu proprio.
Falo do ditador que se tornou presa fácil.
Falo do rei que vai nu.
Falo do todo-poderoso que se convenceu que o seu poder absoluto vencia a barreira dos tempos, que ultrapassava os confins da eternidade.
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Não falo de perfídias. Nem de abusivas e – pior ainda – infundadas intromissões num país soberano, por um seu congénere, de motu proprio.
Falo do ditador que se tornou presa fácil.
Falo do rei que vai nu.
Falo do todo-poderoso que se convenceu que o seu poder absoluto vencia a barreira dos tempos, que ultrapassava os confins da eternidade.
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Falo do déspota sem coroa e sem ceptro, sem guarda pessoal nem exército, sem assessores nem aliados.
E sem povo.
Despojado de tudo, sem honra nem glória, acoitado num buraco, no chão, qual réptil repelente e fétido, caçado como animal perseguido. Capturado como um assassino e como qualquer mero e "desprezível" delinquente.
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O todo poderoso reduzido à sua ínfima condição,
caçado “como uma ratazana” ou uma toupeira.
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“Senhoras e senhores, apanhámo-lo” – proclama, vitorioso, o representante do dono do mundo e líder dos invasores, faz hoje quatro anos.
2 comentários:
Por aqueles lados a caça com furão ainda é permitida...
Sobre ossos e nus, sobre sangue e estrondos, sobre a ruína dum reino "de leite e mel"... Lembras o terror interminável de viver debaixo das patas ocupantes. Quatro anos!!! E lembro as tuas palavras de temer futuro, se em 4 anos se mata, tortura, aniquila, branqueia...e o mundo gira ainda igual. Ou ainda pior! Abçs
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