domingo, 2 de dezembro de 2007

NÃO ERA SEM TEMPO...

«Não sou certamente a única socialista descontente com os tempos que vivemos e com o actual Governo»
«Não me revejo neste partido calado e reverente que não tem, segundo os jornais, uma única pergunta a fazer ao secretário-geral na última comissão política. Uma parte dos seus actuais dirigentes são tão socialistas como qualquer neoliberal; outra parte, outrora ocupada com o debate político e com a acção, ficou esmagada por mais de um milhão de votos nas últimas presidenciais e, sem saber que fazer com tal abundância, continuou na sua individualidade privilegiada. Outra parte, enfim, recebendo mais ou menos migalhas de poder, sente que ganhou uma maioria absoluta e considera, portanto, que só tem que ouvir os cidadãos (perdão, os eleitores ou os consumidores, como queiram) no final do mandato.Umas raríssimas vozes (raras, mesmo) vão ensaiando críticas ocasionais.»
Ana Benavente (Público/Opinião, hoje)



Sei que Ana Benavente foi secretária de Estado da Educação e da Inovação (1995-99) e da Educação (1999-2001), nos governos de Guterres. Foi deputada e membro do Secretariado e da Comissão Política do PS, acumulando com as funções de investigadora do ICS/Universidade de Lisboa.
Segundo afirma, não pertence, agora,a qualquer estrutura nacional do partido.


Não curo agora de saber se foi mais aplaudida do que criticada, ou vice-versa, enquanto desempenhou aquelas funções.

Neste momento, o que, sobretudo, me interessa é a cidadã A. Benavente, militante do PS. Que como tal desfia o seu rosário de desilusões. Relativamente ao seu partido.

Traduz o sentir de muitos militantes e talvez de muitos mais simpatizantes dessa área política.

Não tenho a certeza de que estejam todos esses de acordo é com o comentário (crítica) ácido que faz quando refere a “outra parte [do PS], outrora ocupada com o debate político e com a acção” e que terá ficado esmagada com o milhão de votos, sem saber que lhes fazer, e que terá continuado na sua “individualidade privilegiada”...

Por mim, que lhes concedo o benefício da dúvida, bem que gostaria de assistir à contraprova desta insinuação.
(Vamos a isso, MA, HR e tuti quanti?)

E devo sublinhar que de há muito que insisto na perplexidade que causa a mudez de todos os que se opõem a este governo e a este pseudo-PS.
E não me venham falar em receio de crises... e tal... e mais...

Continuo a aguardar por um Jorge Sampaio, por uma Ana Gomes, por um João Cravinho... E outros mais.

Que esperam?

Até quando?



1 comentário:

bettips disse...

Ora vês? Então estámos cheios de razão, razões! Abraços

 

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