domingo, 9 de dezembro de 2007

DEMOCRACIA E LIBERDADE



A característica essencial da democracia é a liberdade.
Mas a liberdade vem sendo cada vez mais ameaçada.
É bem patente que os regimes democráticos actuais caminham para a sua transformação em democracias musculadas. Em Portugal, por exemplo, o “partido” deste governo fala de liberdade, mas é manifesta a prevalência, e bem acentuada, da segurança no seu discurso e na sua acção.
Ou seja, cada vez mais a liberdade é vigiada, controlada, policiada. Daqui a pouco não passará de uma utopia.
O predominante pendor para essa obsessiva preocupação securitária foi decisivamente demonstrado em recente intervenção de Rui Pereira na Assembleia da República.

E no entanto, o nosso ministro da Justiça questiona-se, candidamente (só pode ser. Ou então provocatoriamente – o que é muito mais grave) na mesma sessão da AR sobre se alguém acreditará que a liberdade está em causa em Portugal.

Alberto Costa é, então, bem o exemplo de como é curta a memória do homem.
Alberto Costa que “viveu na pele o que é o Estado policial, o autoritarismo da ditadura de Salazar e sabe pessoalmente o que foi a PIDE/DGS”.

A jornalista São José Almeida, na sua coluna semanal, no Público desenvolveu ontem um artigo prenhe de interesse, de actualidade, de sentido de democracia, de séria preocupação com os conceitos.
Claro que não negou (como qualquer cidadão sensato não negará) a necessidade de segurança para exercer o direito de liberdade. Mas falou do indispensável encontro do ponto de equilíbrio entre os dois valores.

Trata-se de um texto exemplar, que desmonta o discurso do governo e traduz um preocupante espírito da época que vivemos.

Daí que A relatividade da liberdade deva fazer parte do APOSTILA.


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