quinta-feira, 13 de setembro de 2007
MADDIE
Por toda a parte. Nos locais mais recônditos – como eu próprio já pude constatar – lá está a fotografia da Maddie. O rasto do caso que apaixona o mais comum dos mortais.
Por outro lado...
Ei-lo: pasto de instintos primários e do sadomasoquismo de doentias mentalidades, que segregam com notícias de calamidades, infortúnios e desgraças...
Óptimo alimento para a engorda dos níveis de audiência e da venda de “papel”... Eles aí estão, todos os abutres, na mira dum inocente cadáver...
Crime, seguramente. Um de vários. Ou vários de alguns.
Infanticídio? Rapto?
Rapto e infanticídio?
Homicídio e ocultação de provas e ou de cadáver?
Negligência?
Negligência e ocultação de provas e ou de cadáver?
Estas, entre algumas das mais que certas acções.
Pode até ter acontecido que, perante a notícia de um crime e a divulgação de certos dos seus dados (rapto)... Um outro se lhe tenha seguido, necessariamente (homicídio). E, a partir daí, outros mais.
Preocupante é a, pelo menos aparente, inoperância das polícias.
O mundo do crime é cada vez mais complicado. E cada vez mais compensador.
Alguém sabe do que se passa - é uma verdade que não exige demonstração.
Alguém se cala e tira do acontecimento os dividendos que friamente calculou.
O pior é se, como há quem desconfie, a polícia sabe algo e se cala... (Como há muito quem afirme acontecer seguramente no processo Casa Pia)
A somar a tantas e tormentosas dúvidas mais uma: esta sobre o porquê da inoperância ou o silêncio das polícias...
Uma coisa é certa: o mundo está cheio de homúnculos. De seres ignóbeis.
Uma vez que não há crimes perfeitos, algo de muito estranho se passa.
A suspeita é sempre uma arma terrível. Pode, até, muito bem, assassinar um inocente. Irremediavelmente.
Veja-se, por exemplo, e dentro do mesmo quadro de considerações, um parente abalado, profundamente dorido, chorando inconsolavelmente o desaparecimento de um ente próximo e querido, inconformado com a sua falta (supondo tudo sentido e verdadeiro) e acerca de quem se levanta uma dúvida, uma suspeita de implicação nesse desaparecimento!...
Deve ser insuportável (a ser absolutamente falso).
Ou, ao invés, ser uma cena extraordinariamente bem montada. Repugnante abjecção.
Não sei explicar ao certo o quê, mas algo me diz – na minha boa fé – que os pais da criança estão inocentes.
Algo que não tem nada a ver com o seu credo. Antes com o seu comportamento. E com certos sinais.
Apesar da boa fé, não sou tão crédulo, assim. Daí que não fosse tão grande, como tudo isso, a minha surpresa se o contrário se viesse (vier) a concretizar.
A baixeza, por vezes, não está onde tão insistentemente se anuncia que ela reside.
Mas não é tão raro assim, também, ir encontrá-la onde menos se espera.
A dada altura – quantas vezes – a infernal multiplicação de falsas pistas leva a que certos casos sejam muito mais complicados de destrinçar...
Creio que há ainda um mundo de hipóteses a desfiar, até encontrar o fio à meada.
Até quando?
Que máscaras vão cair?
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2 comentários:
A criança foi morta!
No "circo" parece que isso já foi esquecido,para vender "acessórios" e "assessores".
Não acredito na INOPERÃNCIA da Polícia.
Os abutres vão voar para longe.
Cheira mal e sabe mal. Mas está tudo nos filmes, na vida. Só o copiam... Quem me dera que "as meninas" todas fossem anjos vingadores destas fobias e loucuras! Abç
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