quarta-feira, 26 de setembro de 2007
OS NINHOS DE CUCOS
Ao país que lhe interessa quem tem razão na problemática dos pagamentos de quotas de militantes ou na do voto dos sociais-democratas açorianos?
(Que bem vistas as coisas até seria interessante um estudo que revelasse os principais motivos de tal não pagamento de quotas. Até porque o pagamento por interposta pessoa pode desrespeitar o princípio da porta aberta, fundamental na matéria)
Para o país, em princípio, o assunto que torna desavindos os candidatos ao próximo embate eleitoral, é uma escaramuça interna. Que apenas ao partido respeita. E que, se calhar, nem a ele interessa.
(A menos que esteja em causa o tal princípio básico da porta aberta)
No entanto, como soe dizer-se, e hoje repete Paulo Ferreira no seu Editorial no Público, “já a perspectiva de falta de uma liderança forte e credível” no PSD “é um problema do país”.
E se a concorrência é muito importante para que nenhum governo adormeça, no suave remanso que a falta ou ineficácia de uma oposição sempre favorecem, e acorde com manifestações de autoritarismo, a esta somem-se outras carências, menos eventuais do que se possa supor, como a da pobreza ideológica deste governo, revelada por “um facto verdadeiro”: “a progressiva deslocação para a direita do PS” – palavras, ainda, do editorialista.
O que, nesta luta para conquistar a liderança do partido, devia estar em causa era a construção de uma verdadeira alternativa que, em termos democráticos, é sempre recomendável. Mesmo que essa alternativa não atinja o poder, e enquanto dele estiver afastado, desempenhará, contudo, um forte incentivo.
Estas, sim – e não as pequenas tricas – devem mobilizar ânimos e correntes internas do partido.
Até porque o fortalecimento do PSD levará a que reclame para si um espaço, à direita, que o PS tem estado a ocupar. O que provavelmente desencadeará, na oposição interna deste PS, a reabilitação do primitivo partido.
Ganhará o país, com a transparência da democracia. Como ganharemos todos porque falamos a linguagem da verdade.
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