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A elegância do gesto e a respectiva musicalidade fazem do escarro do português castiço (atávica postura cultural da lusa tribo) não a única, mas uma das marcas que, desde antanho, nos identifica.
A intencional atrapalhação do trânsito automóvel acompanhada, frequentemente, de um chorrilho de ultra-vicentinas expressões verbais, a frequente quebra (ou tentativa) de outras regras de conduta social, por exemplo na utilização dos transportes públicos ou no atendimento em repartições ou em estabelecimentos comerciais, ou a cada vez mais frequente venda de gato por lebre, são outras tantas, de muitas das nossas características, que nos situam no 29º mundo.
Há dias, comentando um artigo de José Ricardo Costa (o José Ricardo que já várias vezes trouxe aqui), que também abordava este tema das lusas virtudes, referia eu duas situações típicas da ligeireza de atitudes e da ausência de maneiras (vulgo, educação) de muitos dos nossos concidadãos; uma passada comigo, outra com amigos meus: a primeira, em que dum qualquer andar de um prédio de oito pisos é lançada janela fora (das traseiras, se é que serve de atenuante) uma embalagem vazia de iogurte que passou a milímetros da minha cabeça; no outro caso, e em idênticas circunstâncias, é vertido, à janela da cozinha dum sétimo andar, o óleo, acabado de utilizar, de uma frigideira, que conspurcou as vidraças de todos os outros pisos...
(Esta última história tem, até, outros capítulos bem “saborosos” acerca da idiossincrasia de certas criaturas...)
Claro que os exemplos se poderiam somar, atingindo um valor altamente preocupante.
De entre eles, uma notícia de hoje alude mais uns tantos casos, mas com repercussões muito mais graves no meio ambiente que, de tão saturado na sequência dos tais procedimentos incivilizados ou da ganância de certos detentores do capital, já quase se torna irrespirável e inabitável. São eles o bem característico abandono na rua ou nos passeios, ao absoluto acaso, de móveis, electrodomésticos e outros resíduos volumosos ou trastes de maior dimensão. Sobretudo (o que não desculpabiliza os outros) de alguns deles.
A notícia a que me refiro é a seguinte
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