quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

DE BALCONISTA A ADMINISTRADOR DA CGD

O super “empreendedor” Armando Vara


É claro que a questão não é a de ter começado por ser balconista do banco. Vários casos são conhecidos de quem começou igualmente em idêntico “patamar” (ou inferior, até) e tenha chegado ao topo de uma empresa... Mas com diferente percurso. Com uma subida a pulso, subindo de competência em competência, numa constante valorização profissional, por reconhecido mérito, numa evolução de cada vez maior prestígio e afirmação pessoal, baseados em trabalho e crescentes conhecimentos técnicos dentro da área dum negócio ou de uma carreira profissional.
Não é o caso de que hoje, e de há bastante, já, tanto se fala. “A subida de Vara na CGD tem sido explicada [fora dos muros DESTE PS e] por vários comentadores e economistas como uma opção governativa, baseada em cumplicidades partidárias. Isto porque Vara não tem um percurso profissional de excelência na banca” – consta do seu perfil, “desenhado”, hoje no Público, por Ricardo Felner, sob o título “O homem do aparelho do PS que se tornou... banqueiro”. Que o mesmo é dizer, o homem do aparelho do PS que, só por isso, se tornou, de bancário/balconista em banqueiro!
O argumento dos amigos de Vara é o de “não tendo [ele] qualificações brilhantes, compensa[r] as suas fragilidades com o seu empreendorismo”...
Todos compreendemos o fundamento... Ou não soubéssemos todos que tipo de “empreendedorismo” não se torna necessário para ultrapassar certas “fragilidades”!...
“Empreendedorismo” (um certo empreendedorismo) é, por exemplo, criar uma instituição privada com dinheiros públicos, como Vara criou a Fundação para a Prevenção e Segurança, aquando da sua efémera passagem pela tutela do Desporto. Escândalo que lhe valeu, aliás, uma demasiado feroz penalização: forçada e inevitável a sua demissão do governo, foi, no entanto, promovido a altos cargos, designadamente a administrador da instituição bancária em cujo balcão de Mogadouro se iniciara, a CGD, pelo actual governo.
Outro exemplo do tal “empreendedorismo”?
Um
job que o cartão de militante de Vara lhe valeu, foi o de, um dia, ter sido nomeado secretário de Estado adjunto da Administração Interna. Aí nomeia António Morais - o engº super-professor de Sócrates, que lhe ministrou 4 das cinco cadeiras com que o primeiro-ministro terminou o seu curso na Independente (já não estou bem recordado se num Domingo se num dia de férias) – primeiro seu assessor e depois director do GEPI/Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações. A António Morais e a outros engºs seus dependentes recorreria para construir a sua vivenda em Montemor-o-Novo, obra que envolveu uma empresa à qual o GEPI adjudicava muitos concursos. Mas estes favores tinham deixado de constituir questão importante ou problema grave: “cadilhar” vinha-se convertendo numa prática comum (a certo nível, claro, e só) e que se ia tornando, de algum modo, “asséptica”! (Não é só na área das tecnologias que se verificam grandes e surpreendentes avanços... Também na arte de governar)
Tem, igualmente, algo a ver com certo “empreendedorismo” o curso de Relações Internacionais tirado por Vara na mesma universidade em que o seu ex-sócio (entre 89 e 91) e camarada Sócrates se formou. Acontecendo, por mera coincidência (... pero las hay!), que se formou três dias antes de ser nomeado administrador da CGD, de onde sairia, pouco depois, um subordinado seu, Jorge Roberto, para reitor da dita UnI...

Desconheço de que “fragilidades” falam os seus amigos... Mas que ele é um empreendedor... Lá isso!

A sua fulgurante e meteórica ascensão, no partido e na vida, foi interrompida por um curtíssimo lapso de tempo: com Ferro Rodrigues na liderança do PS. Líder com quem, por mero acaso, o empreendedor não ia muito...

De resto... “É um ver se te avias”.

2 comentários:

Unknown disse...

Se houvesse dúvidas sobre o poder das sociedades secretas...

Pinhoawake

bettips disse...

Mogadouro e Montemor...o homem tem bom gosto! É mesmo um "topas" dos conhecidos. E eu a "empreender" sou uma barra, faltam-me é os suportes. Bem fez Ferro Rodrigues que saiu do ninho de vespas para Paris... Se fosse possível aos desiludidos saírem, talvez eles ficassem a falar sózinhos. Ou faziam todos juntos um PSDPP-PR.
Abç

 

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