terça-feira, 14 de outubro de 2008
PRESUNÇÃO
“A escrita é sempre uma presunção” – Miguel Veiga (Entrevista a Mário Crespo, SIC, ao serão de 13.10.2008)
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Tropecei e fiquei a patinar nesta sentença.
Talvez seja menos categórico e definitivo.
Digamos que por vezes é compreensível e admissível tal presunção, que talvez deva, então e mais justamente, designar-se doutro modo já que o autor tem uma escrita substancial, porque abordante de apreciável e inteligível matéria, bem estruturada e escorreita.
Mas há, temos de convir, escrita que se fica pela presunção.
Não é de agora que sinto essa espada sobre a minha cabeça: meramente presunçoso.
Ainda que a contragosto. E com pena.
Daí que compreenda que escreva quase só para mim. Quiçá para um ou outro complacente (prefiro a piedoso) amigo.
(Insisto que não é uma calculada autoflagelação)
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2 comentários:
Complacente?!
Piedoso?!
Nunca me chamaram tais nomes!
Um abraço.
Quando se escreve para outro ler, seja este quem for, há sempre a presunção de achar que o que foi escrito pode ser apreciado por aquele que lê. Mas também se assim não fosse, nisso e em centenas de coisas que fazemos ao longo da vida, e mais valia não sairmos de casa.
JR
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