quarta-feira, 29 de outubro de 2008

“REVISITANDO” GOA

localização do estado de Goa na Índia



Gostei deste regresso a Goa, pela mão de Paulo Varela Gomes.
Goa que me desiludiu bastante quando, ainda não há muitos anos, visitei pela vez primeira. Que já se tratava, largamente, da penosa Goa turística de que o cronista nos dá conta.
Influência europeia, melhor dito, portuguesa? Para além de templos e de alguns edifícios públicos, subsistiam ainda, do ponto de vista arquitectónico, algumas casas “senhoriais” e outras menos requintadas que nos recordavam a lusa presença por essas bandas.
De resto... Culturalmente (ou noutras vertentes culturais, melhor dito)... Não dei por quase nada.
E, por exemplo, falantes da nossa língua, tirando alguns bem veteranamente séniore que ainda sobrevivam, haverá uma “meia dúzia” de pessoas, com menos de 60, 50 anos, que se consigam exprimir desse jeito. E este “meia dúzia” poderá ilusoriamente apontar para uma maior expressão. Em termos reais serão, creio bem, até mais de uma dúzia. Mas duvido que sejam, assim, muitos, muitos mais...
Não sei bem se Goa alguma vez chegou a ser uma colónia genericamente lusófona.
Se sim (ou se sim de forma significativa), hoje segura e (quase) absolutamente que não. Posso, também, garantir.

Claro que aquilo que a natureza sempre ofereceu, continua a oferecer generosamente: imaginando-as virgens, como antanho, as praias são uma bênção e uma delícia, proporcionando o Sol da (creio que ainda, ou seu prolongamento) Costa do Malabar e as águas cálidas do Mar da Arábia (Índico) uns relaxantes e apetecíveis banhos.
Enfim, é bem verdade que o aparato folclórico e de duvidoso gosto ali implantado para turista “adormecer” (e pagar, alguém sugere e muito bem) foi uma praga que acabou de estragar o pouco que de bom restava da Goa d’outros idos.
Goa de outros tempos que não seria um éden de felicidade. Em tantos e tantos aspectos.
E não seria possível que o fosse porque - a história poderá comprová-lo - Portugal sempre fez prevalecer mais os seus interesses e dos colonos do que os dos colonizados.
«Sagesse» oblige!

Mas isso é outro assunto, que fica para futuras “núpcias”.
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