terça-feira, 7 de outubro de 2008

NOTA À MARGEM





Nota à margem porque não consumo “senhas de presença”. De qualquer agremiação.
Nestas coisas da política, ou respectivas franjas, chego e parto como um pássaro livre cujo horizonte não conhece limites. Entro, acomodo-me e sigo o evento qual mosca perscrutadora mas silenciosa.

Estivemos presentes ontem, eu e minha mulher, no lançamento de O MEU ÚNICO INFINITO É A CURIOSIDADE, de Miguel Veiga, em Lisboa, no São Luiz Teatro Municipal, a convite do nosso velho e bom amigo José Ribeiro.
José Ribeiro, homem de muita cultura e de muitos afectos, trata, desde muito jovem, os livros por tu: livreiro, editor, divulgador (com a Lúcia, sua suave e amorosa mulher) de cultura e de arte, é, presentemente, o Director Editorial desse grande e arrojado (para os tempos que correm) projecto arrancado pela Fundação Agostinho Fernandes que engloba a Portugália Editora, Portugália Brasil, Sá da Costa Editora, Livraria Sá da Costa e Livraria Buchholz.

Vamos ao evento.
Estava a nata do estado maior do PPD. (Do PSD, que eu descortinasse, haveria uma, talvez duas destacadas personalidades).

De resto, algumas figuras de Estado, mais umas tantas outras destacadas figuras públicas e alguns colunáveis (designadamente dos “mentideros” da política e das corporações) e, zumbindo à roda destes, alguns bailarinos/as em pontas... para que constasse. Como sempre acontece.

Depois havia um magote dos que estavam... porque sim, porque gostam de ler e de ouvir palavras interessantes.
Anónimos, mesmo, seguramente que só eu e a Teresa.


Miguel Veiga é um dos raros cidadãos talvez erradamente rotulados de “direita”, quiçá injustamente – o que já implica um raciocínio conceituoso ou, sei lá, preconceituoso (se é que pode ser injusto e errado tal carimbo num “pepedista”). A verdade é que ele recusa, com energia, o epíteto.

Cuido que com razão.

Para mim, e de há muito, Miguel Veiga é na verdade um homem de compromissos, sim, mas com a liberdade e a democracia, antes de tudo. Mais do que com um partido. E porque é um senhor, menos ainda com facções.

Ao Pacheco Pereira, pese, embora, nem sempre lhe “dar o braço”, reconheço-lhe muitas virtualidades. Já bastas vezes convertidas em muita qualidade. (Há pecadilhos que têm, mesmo, de ser esquecidos e perdoados)
Foi um apresentador digno e sóbrio, mesmo assim brilhante, da obra e do autor que ali nos “convocaram”.

E porque de uma nota à margem se trata, deve ser curta, conquanto abrangente, como convém.
Por isso, por aqui me quedo.
Até para que a (im)paciência do leitor o não faça desertar.
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1 comentário:

José Ricardo Costa disse...

Não poda estar mais de acordo!

JR

 

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