Curioso!
Certo que visando bem diferente alvo, mas falando na “dinâmica do provisório” (coisa, entre nós, e com frequência, basto exercitada), Fr Bento Domingues despertou-me para uma realidade, para além do metafórico, de que tão bem me recordo: desde sempre que aqui na “paróquia” (em recuados idos até em matéria de tabaco) houve que ter em conta os “definitivos” e os “provisórios”. Mas (lembra o sensato e lúcido dominicano, aqui até com humor travesso, no que ao jogo de palavras, no antigamente, se refere) ”os definitivos não tiveram mais sorte que os provisórios”.
A estória traz-me à memória um semelhante trocadilho usado pelo bem-humorado professor que tive em Direito Romano, no arranque do curso. Caloiro mais arguto perguntava ao Prof Raul Ventura em que consistia a diferença entre aulas teóricas e práticas da cadeira; e o mestre, risonho, e sem simulada ou vera hesitação, esclarece o aluno e a classe: “Ah! Pois! Sabe que quanto às aulas práticas, trata-se, na verdade, de aulas teoricamente práticas, mas praticamente teóricas...”
É! Vivemos no país do transitoriamente definitivo ou do definitivamente provisório.
Exacto: num país claudicante!
Ou não fosse a maioria de cada um nós um
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2 comentários:
Pertenço aos "marlboro"...
Eu tenho filtro, peneira, nada me passa assim à tôa.
Mas a sério que esta análise está do melhor que tenho lido. Divertiu-me sem me amargar!
Abçs
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