Persegue-me uma terrível dúvida (ai, o sr presidente da República é capaz de nem imaginar como deve ser bom não ser assaltado por dúvidas!), desde há semanas. Consome-me a mais dolorosa inquietação: qual dos dois gurus do Millennium sobreviverá às diabólicas jogadas de bastidores? Jardim? Teixeira?
É que é já hoje, a eleição!
É como se eu tivera comprado uma cautela, das que custam uma “nota preta”, e aguardasse, agora, o rolar das esferas, o sorteio da Santa Casa.
É terrível demais, para um cidadão comum, que nem eu, poder suportar tamanha incerteza.
Os cartéis anunciaram-se. As armas estão contadas. As estratégias definidas. Os dispositivos de ataque/defesa montados.
As ameaças sobem de tom. Fala-se em luta suicida. É o apocalipse que se adivinha.
As mentes perturbam-se. O amanhã permanece submerso.
Ou porque a época futobolística ainda está atrasada, as novelas, de pousio, os noticiários sem chama, o tempo tão instável como os políticos, a verdade é que o povo não fala noutra coisa, nos cafés, entre a bica e o bagaço; no clube do bairro entre duas jogadas de dominó; na papelaria, entre dois comentários sobre uma vizinha mais afoita; na rua, entre dois dedos de conversa; no talho, enquanto o talhante pica a carne para duas freguesas (“isto é que vai uma carestia!”); no mini mercado lá da rua, no elevador lá do prédio, na cabeleireira ou no banco ali do jardim…
Resolvam-se, senhores, para nosso sossego, para tranquilidade de todo o mundo.
Já pronta esta crónica, chegou-me a notícia, online, de que
“O presidente da mesa da assembleia geral do BCP declarou esta segunda-feira encerrada a reunião magna de accionistas que decorria no Porto, devido a problemas informáticos, e marcou o reinício dos trabalhos para 27 de Agosto, novamente no edifício da Alfândega”.
Pois, meus amigos, é que hoje eleições sem meios informáticos…
Pois, meus amigos, é que hoje eleições sem meios informáticos…
Não é possível! Isso era d’antes.
Por isso: ponto final.
Por isso: ponto final.
Não se faz!
Como não nos havemos todos de revoltar?
2 comentários:
Afinal nem o BCP escapa à doença informática!
Andámos a pensar,durante anos,que os deputados eram incapazes,por não utilizarem o voto electrónico...
Agora,quem é que me vai comprar o papel?!
Meia dúzia de ginjas com massa (e nós a espreitar, a adivinhar...ah o anonimato mata a malta) e problemas informáticos? Onde é que já ouvi isso? Na caixa? nas finanças? nos telefones? na lavandaria? Ah que quando a minha hortaliceira comprar o PC e fizer num instante a conta do Iva, do DOL - diabo que os leve -, dos SASU, dos PPs/Rs, da prestação do carro do filho, das assoalhadas (ou tijoleiradas) na póvoa ... vocemecês verão a como ficam os rabanetes!
E também quem se lembra de comprar legumes destes nesta terra da couve tronchuda?
Abraços, vãos, vão, vai, vindo... visto lido respigado.
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