sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O CAPITAL

Mugabe, um testemunho


O capital não é nenhum modelo de virtudes.
Além de que é cego, surdo e mudo.
Actua por puro instinto.

As hienas alimentam-se de carne podre. O grande capital dos destroços de vestígios de humanidade.
Tanto lhe faz ser veiculado por um aborígene do Zimbabwe, como por um indígena da lusa pátria.

O capital não se move pelos lindos olhos de ninguém.
Primeiro, porque, sendo cego, não os vê. Segundo, porque a filantropia não quadra com os seus objectivos. Terceiro, porque “essa mercadoria” não se hipoteca nem se penhora.

Além de que o capital não escuta argumentos de humanização... Pois se ele é surdo!...

Como, igualmente, não se pronuncia sobre a crua teia dos seus interesses... Pois se, também, mudo é!...

Os intentos do grande, e apátrida, capital, tanto podem ser conseguidos por uma somague como por um mugabe.
Tanto faz.

Quanto mais débil uma economia, maior o atraso de uma população, mais carente uma comunidade – mais fértil o seu terreno.

O capital exige que os regimes valorizem cada vez mais – cada vez mais exclusivamente - a perspectiva económica da política?
Para tanto é necessário aumentar o desemprego, fazer diminuir a segurança, manter o desequilíbrio e aumentar o fosso entre os muito ricos e os pobres?
Pois que assim seja.
É que é preciso não esquecer: quem assegura o futuro de tais políticos é o capital.

O capital quebra facilmente a espinha de alguns vertebrados?
É fácil a solução... Tornam-se invertebrados. (As alforrecas não correm perigo.)

Até quando?

(O editorial de Nuno Pacheco e a coluna de Vasco Pulido Valente, de hoje, davam bem que pensar...)

1 comentário:

aminhapele disse...

somague
mugabe
RIMA?!
Estranha coincidência!!!

 

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