sexta-feira, 3 de agosto de 2007

“QUOSQUE TANDEM…”, JOSÉ ?




Não queria alongar-me muito porque a matéria é basto melindrosa e eu, não pertencendo à classe, não estou absolutamente – por inteiro, quero dizer – dentro do assunto. Mas pelo que me é dado observar, quer pelo se pode colher dos meios de comunicação social, quer pelo que várias outras vozes nos fazem chegar aos ouvidos, é bem patente existir uma tramóia mal disfarçada na história dos professores titulares.
Ao entardecer, já mesmo no lusco-fusco, do ano lectivo, 31 de Julho, eis que o Ministério da Educação publica a listagem de uma nova categoria de professores, os ditos professores titulares.
A ideia que o Ministério pretende fazer passar é a de que, com a nova categoria, se visa premiar os professores mais competentes.
Vendo bem, porém, não é isso que se verifica. O que ressalta da tal listagem – aos olhos de quem a saiba ler e analisar - é que foram promovidos os professores que mais de perto contactaram com o poder, mediante cargos exercidos, na área do ensino, sim, mas em prejuízo da sua evolução profissional, à revelia das suas capacidades e desempenhos verdadeiramente profissionais. De professores, é óbvio.
Promoções, portanto, conquistadas por burocratas. Não por professores.
Ou seja, o poder – o Governo, entenda-se – premiou, sim, como sempre, os que com ele privavam. Neste caso os burocratas-professores. Não os professores, qua tale, pelo seu saber, pelas suas competências científicas, pela sua intervenção directa na formação de futuros homens e mulheres. Na sala de aula. Não nos gabinetes.

As vozes já se levantaram. E vão continuar a fazer-se ouvir.

Mas quando?
Ah, bom! Durante as férias, durante a noite do ano escolar. Dando tempo a que os espíritos se acalmem. A que os ânimos, justamente revoltados e prejudicados, arrefeçam.

Tudo planeado, por este Governo, ao milímetro.
Ao segundo, como demonstra este facto.
Não – dizem as cada vez mais numerosas vozes críticas – em benefício da comunidade, na sua generalidade. Os objectivos nacionais são, quantas vezes, ultrapassados por outros. Por vezes, indizíveis.

Até quando?

1 comentário:

aminhapele disse...

Boa postagem!
Um abraço

 

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