quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O GENOCÍDIO NO DARFUR

mapa do Sudão com a região de Darfur em destaque
O rastilho desencadeador da guerra tem uma actuação imediata.
Os mecanismos de contenção da mesma, de sustação dos genocídios que se seguem a guerras intestinas e tribais em países de marcado atraso e de débil economia, esses arrastam-se por uma eternidade. (Um dia de fome e de privações num campo de refugiados deve ter muito mais que 24 horas! Uma semana deve equivaler a muitos meses! Um mês deve “custar” vários anos!...).

Países de débil economia?
A generalidade deles, claro que sim. Mas nalguns o que se passa é que, dos proventos dos ricos e abundantes recursos naturais neles existentes, as populações não vêem, nem usufruem, um centavo, vivendo as elites numa tão farta abundância e num luxo tão desenfreado que contrasta, aos olhos de todo o mundo, com as dificuldades e a miséria dos respectivos povos.

A conclusão só pode ser uma: há muito mais interessados na guerra, que na paz.
Há muito maior empenho para sustentar a sofreguidão dos senhores do capital e da guerra, e dos seus robertos, do que para resolver os problemas mundiais da fome, da doença, do emprego e do bem estar das populações.

As clivagens entre os dois mundos são cada vez mais agudas, mas sempre resultam em vantagem para os ricos e poderosos.
O escândalo é cada vez mais chocante. O fosso é cada vez maior.
Claro que só pode ser até um dia.
Quando?
O que se seguirá?

Isto… A propósito do Darfur.
Desde há mais de quatro anos que a crise humanitária se instalou nessa zona de África. E desde o seu início já provocou a morte de, pelo menos, duzentas mil pessoas. “Existem organizações não governamentais (ONG) que falam no “genocídio” ou “limpeza étnica” de 400 mil indivíduos”

Várias instâncias e entidades se pronunciaram sobre esta grave situação. A começar pelo ACNUR [Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados], desde o dealbar da crise, passando pela mediática intervenção do actor americano George Clooney, acompanhado pelo Nobel da Paz Elie Wiesel, em 2006, acabando no próprio Conselho de Segurança da ONU, onde foi preciso negociar, arduamente, negociações prévias com a China.

Finalmente, o Conselho de Segurança aprovou, ontem à noite, o envio de forças de paz para o Darfur, no Sudão.

Significa que estamos a um passo, a meras horas de resolver tão grave problema?

Claro que não.
A guerra, essa está sempre preparada e pode desencadear-se fulminantemente.
A Paz?
Mais devagar. (Dá outros e bem menores lucros).
Talvez lá para o fim do ano se encontrem, no terreno, as forças militares e paramilitares de segurança, para depois entrarem em actividade.

A uma decisão destas se acaba de referir o actual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, como “histórica e sem precedentes”…

Cada vez pasmamos menos com o que se passa em nosso redor!

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