quiosque/Maluda/CTT (1989)
No Público, hoje, era a sensaboria dos dias de morna participação e da ausência dos nomes sonantes da crítica e da opinião.
A dado passo, tropecei num artigo de António Vilarigues que lembrava – imagine-se a lata! – que AJJ “deve ser levado a sério, muito a sério mesmo” – não me parecendo adivinhar-lhe o mais leve trejeito de ironia.
Foi quanto bastou para arrumar, por hoje, o jornal do Fernandes.
Sedento de coisas sérias, de notícias, mesmo, daquelas que a história vai registar, fui à cata do Correio da Manhã.
Que ânsia! Mas como é compensador!
Assim, além do, já de si, enorme benefício de ficar bem informado sobre o que de mais importante se passa no mundo – todas as desgraças e todos os sobressaltos das fílmicas e novelescas famílias nas maiores parangonas – dá-se ainda o caso de agora ter uma secção sazonal, que se designa de VIDAS DE VERÃO! De várias e suculentas páginas.
E aí temos as últimas sobre Britney Spears.
E ainda acerca da Gisele, a modelo, brasileira, que fazia subir… As acções!
Outra matéria a beneficiar do rigoroso jornalismo do diário de maior expansão no nosso país, é o que aborda o enigma que recentemente envolveu Vítor Baía e o filho, e que nos deixou num indizível desassossego: Vítor Baía nega – reza o rigoroso e ansiado exclusivo – não ter cumprimentado o filho Diogo durante o concerto dos Keane, no último Domingo, no Porto. E desfaz as confusões que perturbaram a nossa doce tranquilidade: é que Baía apareceu ali com a mulher, Elisabete, enquanto o filho ia acompanhado pela mãe, Alexandra. Agora que o ídolo cumprimentou o rapaz… lá isso cumprimentou.
Vidas complicadas. Mas tudo serenou, já, e o governo reatou o conselho de ministros, os comboios voltaram a circular, a Bolsa retomou a actividade, sem mais solavancos, os portugueses serenaram.
Outro destaque – e este de página inteira – é o que nos dá novas sobre Santana Lopes. “Já não faço grandes noitadas” – confessa, com certa ponta de irónica malandrice, o grande líder…
E muita, muita mais matéria…
Na verdade, como pode qualquer português que se preze sobreviver sem conhecer o que de importante se passa no seu país e no mundo, sem ver o CM?
Manifestamente impossível.
Por alguma razão o CM é, só, o diário português de maior tiragem!
Que felicidade a nossa!
A dado passo, tropecei num artigo de António Vilarigues que lembrava – imagine-se a lata! – que AJJ “deve ser levado a sério, muito a sério mesmo” – não me parecendo adivinhar-lhe o mais leve trejeito de ironia.
Foi quanto bastou para arrumar, por hoje, o jornal do Fernandes.
Sedento de coisas sérias, de notícias, mesmo, daquelas que a história vai registar, fui à cata do Correio da Manhã.
Que ânsia! Mas como é compensador!
Assim, além do, já de si, enorme benefício de ficar bem informado sobre o que de mais importante se passa no mundo – todas as desgraças e todos os sobressaltos das fílmicas e novelescas famílias nas maiores parangonas – dá-se ainda o caso de agora ter uma secção sazonal, que se designa de VIDAS DE VERÃO! De várias e suculentas páginas.
E aí temos as últimas sobre Britney Spears.
E ainda acerca da Gisele, a modelo, brasileira, que fazia subir… As acções!
Outra matéria a beneficiar do rigoroso jornalismo do diário de maior expansão no nosso país, é o que aborda o enigma que recentemente envolveu Vítor Baía e o filho, e que nos deixou num indizível desassossego: Vítor Baía nega – reza o rigoroso e ansiado exclusivo – não ter cumprimentado o filho Diogo durante o concerto dos Keane, no último Domingo, no Porto. E desfaz as confusões que perturbaram a nossa doce tranquilidade: é que Baía apareceu ali com a mulher, Elisabete, enquanto o filho ia acompanhado pela mãe, Alexandra. Agora que o ídolo cumprimentou o rapaz… lá isso cumprimentou.
Vidas complicadas. Mas tudo serenou, já, e o governo reatou o conselho de ministros, os comboios voltaram a circular, a Bolsa retomou a actividade, sem mais solavancos, os portugueses serenaram.
Outro destaque – e este de página inteira – é o que nos dá novas sobre Santana Lopes. “Já não faço grandes noitadas” – confessa, com certa ponta de irónica malandrice, o grande líder…
E muita, muita mais matéria…
Na verdade, como pode qualquer português que se preze sobreviver sem conhecer o que de importante se passa no seu país e no mundo, sem ver o CM?
Manifestamente impossível.
Por alguma razão o CM é, só, o diário português de maior tiragem!
Que felicidade a nossa!
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