domingo, 4 de novembro de 2007

‘ARTE, BELEZA E CONTEXTOS’

Recebi em anexo a um mail, já há meses, mas só agora me dei conta dele.
No texto (de ignorada origem) apenas fiz muito ligeiras alterações. Nomeadamente “traduzindo” do “brasilês” para um “português” mais ao nosso jeito.

Numa experiência inédita, o norte-americano Joshua Bell, um dos mais famosos violinistas do Mundo, tocou incógnito durante 43 minutos, numa estação de metro de Washington, a partir das 7:51 da manhã da Sexta-feira 12 de Janeiro deste ano, na hora de ponta, seis peças de música clássica, despertando pouca ou nenhuma atenção às 1 097 pessoas que passaram por ele, apressadas.

A iniciativa foi do jornal "Washington Post", com a ideia de lançar um debate sobre arte, beleza e contextos.


Joshua Bell

Três dias antes, Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam 100 dólares.
Ali na estação de metro foi ostensivamente ignorado pela maioria, à excepção das crianças, que, inevitavelmente, paravam para escutar Bell... Segundo o jornal, isto é um sinal de que todos nascemos com poesia e esta é depois, lentamente, sufocada dentro de todos nós.
"Foi estranho ser ignorado" disse Bell, que é uma espécie de 'sex symbol' da música clássica, vestido de jeans, t-shirt e boné de basebol, interpretou "Chaconne", de Bach, que é, na sua opinião, "uma das maiores peças musicais de sempre, mas também um dos grandes sucessos da história".
Executou ainda "Ave Maria", de Schubert, e "Estrellita", de Manuel Ponce - mas a indiferença foi quase total.
Esse facto, aparentemente, não impressionou os utentes do metro.
"Foi uma sensação muito estranha ver que as pessoas me ignoravam", disse Bell, habituado ao aplauso. "Num concerto, fico irritado se alguém tosse ou se um telemóvel toca. Mas no metro as minhas expectativas diminuíram. Fiquei agradecido pelo mínimo reconhecimento, mesmo um simples olhar", acrescentou.
Director da National Gallery, não se surpreende: "A arte tem de estar em contexto". E dá um exemplo: "Se tirarmos uma pintura famosa de um museu e a colocarmos num restaurante, ninguém a notará".

Veja então o insólito solo do famoso violinista numa estação de metro




Ninguém imaginava também que JB tocava um Stradivarius de 1713, que vale 3 milhões e meio de dólares


Para mais informação, inclusive sobre a experiência-teste, veja o Washington Post


1 comentário:

bettips disse...

Já conhecia mas foi bom lembrar: a humildade com que Bell aceitou a indiferença. E a dureza dos corações fechados à poesia e à música, condição humana de viver melhor. Abç

 

Web Site Counter
Free Dating Services

/* ---( footer )--- */