Aparentemente asséptico, “politicamente correcto”, a coluna de hoje de Vital Moreira é a argumentação de um europeísta.
Tenta convencer-nos por uma afirmação que está longe de ser confirmada - as condições de federalismo não existem – e por uma confissão meramente futuróloga de que tais condições “não existem num futuro previsível”...
Não sei. Não vejo jeito de que tal aconteça – quando é que o Norte vai olhar para o Sul com olhos realistas e com evidente demonstração de sentido de responsabilidade?
Claro que falo sobretudo no sentido global, mas também relativamente à Europa. Até pelo papel que, na matéria, deveria por ela ser liderado.
Têm razão de crítica – diz o Prof – quanto ao que agora se conseguiu, os soberanistas e a esquerda radical, e não têm os partidários de “mais Europa” por se não ter ido mais longe.
Para além do evidente sonho com o bloco central, que VM ainda acalenta, pelos vistos, tal significa que tantos, que não somos radicais de nenhuma das bandas, ficamos a vogar no éter, numa indefinição redutora.
Impossível.
A muitos dos cidadãos da Europa (sobretudo aos do subúrbio que é Portugal) por enquanto ainda os preocupa mais o desemprego que os penachos que os senhores da Europa querem conservar.
Depois, onde está a dúvida de que a maioria dos europeus querem intervir, referendar os seus destinos, fazer ouvir a sua voz? Basta ver os noticiários e as sondagens.
Por alguma razão os acelerados europeístas têm medo dos referendos como o diabo da cruz.
Com estes “eurófilos” à perna, o que se pretende é que o polvo tenha mais uns braços: mais gabinetes, mais burocracia, mais poder, mais assuntos resolvidos no silêncio das carpetes dos gabinetes.
Uma Europa de burotecnocratas e funcionários em lugar de uma Europa dos cidadãos, é o que estes senhores tratadistas pretendem.
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