sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O PARTIDO DO DESASSOSSEGO


a imagem é de Kaos, embora ele se tenha esquecido de o marcar com a sua conhecida chancela,
e ilustra um seu post recente intitulado “A purga laranja”


Que a rei morto se siga rei posto, qualquer mortal entende.
Mas que a rei posto se siga, em simultâneo, outro "proposto"... Já só certos meios políticos podem entender.
Ainda os “sulistas, elitistas e liberais” digeriam a vitória do seu detrator, e já este pobre coitado lhe tinha a morder nos calcanhares um tal Aguiar Branco. Isto, que se saiba. Fora os outros que, sorrateiramente, se vão preparando para o assalto.

Não vejo (nem sei se alguém verá) o PSD livre de uma casta de barões e incontáveis sumidades, com uma linha de rumo coerente e minimamente estável, sem ser objecto de constantes assaltos, e frequentes depurações, doutra forma que não à mercê de puros jogos de interesse pessoal, com um projecto para o bem estar e o progresso da comunidade nacional.


A prática seguida pelos sociais-democratas é natural num partido para cujos dirigentes (e candidatos a) essencialmente "a política serve para ajudar os amigos, prejudicar os rivais e aplicar a lei aos indiferentes", na célebre expressão de Schilling.

Ah! Mas com Menezes, penso que sim: o PPD/PSD/PPD vai guindar-se à sub-cave da política e fazer com que não esmoreça muito a pomposa designação de “o maior partido da oposição”.

Por tradição e por má arrumação do espaço político português – dado que a maioria dos saudosos da “outra senhora” (muitos deles raivosos e desejosos de vingança) apostaram, sobretudo, neste partido, num tempo em que ele gozava, dentro do possível conservantismo, de alguma credibilidade – por tradição, repito, este PPD/PSD/PPD irá manter-se nessa honrosa posição de um dos maiores partidos da lusa pátria.
Por tradição, insisto.
Por enquanto, quero dizer.

Não só, mas muito, também, atendendo ao novo líder da sua bancada parlamentar, ao seu gabarito e à sua indiscutível credibilidade, este partido vai longe. Longíssimo. Vai atingir o apogeu. A consagração. A glória dos maiores.
Enquanto andou por aí, a criatura, além de ter sacudido as badanas, talvez tenha cortado o cordão umbilical com a incubadora, é possível que tenha renunciado a alguns dos tantos e suaves colos, e pode ter ganho umas migalhas de senso, de equilíbrio emocional, de competência, de responsabilidade, sobretudo de maturidade...
Será?

A verdade é que ele ameaçou que um dia havia de voltar.
E voltou.
E para fazer mais uma das muitas purgas que o partido laranja é useiro e vezeiro em realizar – recordo parafraseando João Pestana, o autor da imagem que ilustra este post.

Até quando?

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