terça-feira, 16 de outubro de 2007

UMA VOZ NO DESERTO?

Li algures, um dia destes – não me perguntem onde, que já esqueci – assim numa passagem meteórica.

(Esqueci? Como assim?
Sei que não há perigo de contágio, mas há sítios por onde não passo, ou, se tenho de passar, (ou se calho a fazê-lo) é a fugir... Tudo o que me lembra outros tempos não atrai a minha atenção).

Mas anotei que quem postava era um Carlos Botelho. Que falava do congresso, não sei se do PPD, se do PSD, se do PPD/PSD se do PSD/PPD, sei lá, talvez do PPD/PSD/PPD ou então do PSD/PPD/PSD...

E dizia:

“Neste momento, Aguiar Branco fala ao Congresso.

Diz, para quem o quiser ouvir, que a distinção entre "bases" e "elites" não passa de demagogia.
E diz, para quem o quiser ouvir, que convém que o PSD tenha cuidado com a imagem que mostra para o exterior.
Diz ainda, para quem o quiser ouvir, que o Partido deve estar atento à sua credibilidade e que as pessoas não devem escolher o PSD apenas por ser um mal menor.

Alguém o terá ouvido?”


O sr, que eu não conhecia, mas que alguns são capazes de conhecer, bem vociferava e, corajosamente, reconhecia no seu partido “um mal menor”... (Ficou por definir, mas era fácil de intuir qual era o “mal maior”. Mas nem aqui havia certezas ou unanimidade).
Recorda o autor do post, e insistentemente (quase acintosamente) que o dito sr fazia certas afirmações (de que destacava três)... “Para quem o quisesse ouvir”...
A assistência não era de monta, e os ouvintes para aquele orador menos eram ainda.
(Deve ser desesperante!)

À primeira frase, acima referida, um cavalheiro que não quis identificar-se, respondia, da fraca assistência, repetida e convictamente: “”bases” e “elites”, demagogia? Olhe que não, dr, olhe que não!”

À segunda frase (“cuidado com a imagem”), um outro, que se via tratar-se de figura grada e a quem tratavam por “sr engº” respondia (como é seu hábito): “três coisas fundamentais (e estendia a mão espalmando os cinco dedos bem visíveis) é preciso não esquecer: uma imagem e um discurso para cada momento e circunstância...

À terceira frase, uma criatura que andava por ali, comentava alto e bom som: “credibilidade”, “responsabilidade”, “maturidade”... deixem isso comigo!”


Ah! Mas o que eu melhor compreendo é a angústia do autor da postagem e a sua ansiedade tão bem espelhadas naquele “alguém o terá ouvido?”

Em situações que consigo imaginar, é dramático.



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