domingo, 21 de outubro de 2007

A SÉRIO?

Recebi como anexo a um mail.
Creio que sim, que será a sério...
Transcrevo o texto como recebido.


«O Reitor do Santuário de Fátima
Monsenhor Luciano Guerra
Sobre o divórcio, o aborto, o preservativo e a sexualidade


(Extractos da entrevista feita por Pedro Almeida Vieira e publicada no “Notícias de Sábado”, suplemento semanal do “DN”, de 6 de Outubro)


Jornalista: Havia vidas desgraçadas quando não existiam divórcios…
Monsenhor LG: Havia e hoje também há. No tempo em que não havia divórcios, havia situações bastante dolorosas, mas a pessoa resignava-se. A mulher dizia: calhou-me este homem, não tenho outra possibilidade, vou fazer o que posso. Ao passo que hoje as pessoas querem safar-se de uma situação e caem noutras piores.

Jornalista: Na sua opinião, uma mulher agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?
Monsenhor LG: Depende do grau da agressão.

Jornalista: O que é isso do grau da agressão?
Monsenhor LG: Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos.

Jornalista: Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?
Monsenhor LG: Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não. Evidentemente que era um abuso, mas não era um abuso de gravidade suficiente para deixar o homem que a amava.

Jornalista: A questão do aborto é outro dos temas em que a Igreja recebe críticas …
Monsenhor LG: Aí é um caso limite em que não há qualquer hipótese da Igreja Católica vir a ceder. A Igreja entende que não temos direito sobre o nosso igual. A vida existe porque Deus quer.

Jornalista: Não faria sentido que, exactamente para evitar abortos, a Igreja tivesse outra postura em relação ao uso de preservativos?
Monsenhor LG: Não creio que em relação ao preservativo seja fácil. Além disso, sabemos que não há capacidade para distribuir a toda a população mundial, sabendo-se ainda que entre 20 a 30 por cento da Humanidade vivem com menos de um dólar por dia, que é o preço de um preservativo.

Jornalista: Porque é que a Igreja se mostra sempre tão rígida, se Deus nos criou com o corpo que temos, as sensações e as necessidades….
Monsenhor LG: Não é uma questão da Igreja Católica nem doutras religiões. A sociedade entendeu que a melhor forma de preservar a paz, no fundo o progresso, foi tirar as mulheres da frente dos homens. O perigo não são as mulheres, o perigo está nos homens.

Jornalista: Isso parece-me uma evolução. Há uns séculos, a mulher é que corporizava o mal, o desejo…
Monsenhor LG: Atenção, corporizava no sentido em que se entendia estar a propensão activa no homem. Se o homem não se impressiona com a mulher, a mulher não se impressiona com o homem. O perigo está nos homens, está no macho.

Jornalista: Fala-me disso e recordo-me de um sermão do século XVII em que um padre culpava os decotes das mulheres pela seca porque os homens não estavam atentos nas missas…
Monsenhor LG: Digo-lhe uma coisa. Tenho para mim que a falta de aproveitamento dos nossos jovens está na sexualidade que lhes absorve a atenção, mesmos sem estímulos externos, o principal dos quais é a mulher. Você sabe como é a imaginação de um jovem. Ponha agora uma rapariga ao lado e vai ver como ele se distrai mais rapidamente do que com um homem. Quanto mais você se concentrar num prazer menos tem concentração para aquilo que não lhe dá prazer. É por isso que os drogados, coitados, acabam por se drogar noite e dia, porque estão sempre a pensar naquilo. É uma obsessão»








O assunto da mensagem era: inteligência em movimento.
Nem mais. É que é isso mesmo: inteligência em movimento. Retrógrada, mas em movimento.

Finalmente percebemos que a questão do preservativo não é pelo seu uso, em si, que não é aprovado. Estávamos todos equivocados com o pensamento da hierarquia católica: é antes porque uma grande maioria da população tem menos de um dólar por dia, logo não tem dinheiro para a dita protecção...

(Olhem se Monsenhor Guerra calha a estar no Templo, quando Cristo por lá passou de chicote na mão!!!...)


Depois, o perigo “está no macho”.
Além disso, valha-nos Deus: um soco ou outro... Pelo amor de Deus, qu’importância pode isso ter?


É difícil classificar, em termos decentes, e com alguma serenidade uma entrevista destas. Pois que ela revela uma grande falta de decência, de seriedade intelectual, de honestidade, de verticalidade.
DE INTELIGÊNCIA!

A ausência total de decoro e o farisaísmo atingem as raias do paroxismo do delírio de certas criaturas. Como é aqui o caso.

Se não fosse palavra muito feia e muito pesada, diria de sua reverência que é de uma inexcedível hipocrisia.


E têm quem os siga!
E têm quem os oiça!
E têm quem os aplauda!

4 comentários:

ovoodacoruja disse...

Grande Padre!...Isto é que é falar...Vá lá que no Concílio de Trento ainda se discutia se a mulher tinha alma...

LM,paris disse...

Olà, entao um socozinho de vez em quando nao faz mal? Pois, claro, se fosse ele a mulher...e se o marido amasse mesmo a sua mulher...nao divorciava. O Bertrant Cantat, que matou a soco a sua companheira Marie Trintignant, foi condenado a oito anos, cumpriu quatro, saiu ontem por bom comportamento.é a lei dizem, machos violentos nao se desculpem, và là meu, um assassinato de uma mulher custa mais barato que um holdupzinho meu!
Quanto ao preço do preservativo...o Vaticano dà uma ajuda, concerteza, se fôr so uma questao material... estamos resolvidos, fiquei mais descansada.Eu vivo longe de Fatima, parece que vao erigir mais uma grande igreja?é pà quantos preservativos dava essa massa toda?Ajudava a comprarem uma vaca( importantissimo ter uma vaca nas Africas), a criar uns dispensarios onde se distribuiriam os tais e depois ainda se fazia prevençao. Mas nao...nao vai dar...a igreja é que vai subir aos céus, amén. Dava-lhe um soco eu...nos tais... vou pôr uma velinha ao santo antonio a ver se ele se perde de vez, o sr. padre, get lost.
um abraço de paris, lidia

JR disse...

Quando, há dias, aquele senhor italiano que veio a Fátima, enviado pelo Papa, se queixou de que os católicos andam a ser silenciados, isso poderá ser interpretado como um acto falhado freudiano. O que eles quis dizer é que há razões de sobra para que os católicos se silenciem.

JR

M. disse...

Como é possível?!!!!!!

 

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